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Nacional
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 13:10

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, criticou hoje os juros altos da dívida agrícola. Ele prometeu trabalhar para que haja uma redução na taxa dos juros já para o Plano de Safra 2007/08, a ser anunciado em meados deste ano.

Stephanes participa esta manhã de encontro com deputados da Comissão de Agricultura da Câmara. Conforme os parlamentares, o endividamento do setor atinge R$ 6 bilhões e cresce por causa dos juros. "O grau de endividamento do setor agrícola é alto e serão necessárias três ou quatro boas safras de grãos para que o produtor tenha renda; mas as dívidas crescem muito, porque os juros embutidos nela são muito elevados", respondeu o ministro aos deputados.

Stephanes afirmou que tentará discutir a questão dos juros para o plano de safra e se colocou como "o defensor da agricultura brasileira". Admitiu, porém, que é preciso compreender o País como um todo, numa antecipação de que pode enfrentar resistências no governo contra a redução dos juros do crédito rural, atualmente em 8,75% ano.

No início de seu pronunciamento na comissão, Stephanes admitiu que sofreu preconceitos pelo fato de sua indicação não ter sido endossada pela bancada ruralista. "No entanto, preconceito eu já sofri em outros momentos, mas tenho história profissional ligada à agricultura", afirmou Stephanes, salientando que ficou conhecido como profissional da área da previdência social, justamente por ter sido um bom gestor, quando trabalhava no Ministério da Agricultura, no período de criação do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra).

Stephanes afirmou, em relação às questões ambientais, que os próprios agricultores devem ser os grandes ambientalistas do País, informado pelo deputado Homero Pereira (PR-MT), de que a bancada ruralista pretende trabalhar para que os ativos ambientais sejam valorizados pelos agricultores.

Em relação à questão do avanço da cana-de-açúcar sobre as áreas de grãos, o ministro ressaltou que a ocupação da cana hoje no País é de cerca de 6 milhões de hectares, ou menos de 10% de toda a área plantada no Brasil. "Se o Brasil agir com inteligência e habilidade, podemos até triplicar a produção de etanol de cana, sem nenhum problema ambiental", explicou o ministro, que considerou, ainda, o biodiesel, como um produto mais complexo, mais desafiador, pelo fato de o País ser pioneiro nos estudos para definir o melhor produto como combustível.





Fonte: AE

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