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Nacional
Terça - 10 de Abril de 2007 às 09:58

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O Brasil registrou um aumento de 24,68% na receita obtida com a exportação de carne suína no primeiro trimestre de 2007, comparado ao mesmo período do ano passado, segundo informou a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Conforme o presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, a receita passou de US$ 176,4 milhões em 2006 para US$ 220,0 milhões nesse ano.

E o embarque de carne suína teve um aumento de 19,36% no trimestre, passando de 99.361 toneladas em 2006 para 118.597 toneladas nesse trimestre.

Os embarques para a Rússia, principal destino da carne suína brasileira, foram 6,59% maiores que no mesmo trimestre do ano anterior, passando de 45.587 toneladas em 2006 para 48.593 toneladas nesse ano.

Em março, o Brasil exportou 43.733 toneladas de carne suína, uma melhora de 18,99% em relação ao mês de fevereiro quando foram embarcadas 36.754 toneladas, e 71,74% em relação ao mês de março do ano passado com um embarque de 25.465 toneladas. A receita das exportações de carne suína em março somou US$ 79,6 milhões, o que representa um aumento de 18,30% em relação ao mês de fevereiro com US$ 67,3 milhões.

Camargo Neto ressalta que o aumento de exportações deste mês precisa ser analisado levando-se em conta a interrupção que ocorreu no ano passado. O mês de março de 2006 foi o momento máximo do embargo sanitário russo. Posteriormente a Rússia abriu seu mercado para as exportações do Rio Grande do Sul e mais a frente do Mato Grosso, possibilitando embarque de volumes crescentes e a recuperação parcial das exportações até o fim do ano.

Para o dirigente, é uma incógnita até hoje os motivos das autoridades russas para a manutenção do embargo para os outros Estados da Federação, em particular o Estado de Santa Catarina, região que o próprio Comitê Cientifico da OIE - Organização Internacional de Saúde Animal já analisou favoravelmente para ser declarado como livre de febre aftosa sem vacinação. As restrições impostas hoje fogem totalmente do acordado formalmente entre os países em 2000, no Acordo Sanitário Brasil-Rússia, bem como das regras da OIE.

Camargo Neto destaca que também é preciso destacar que por ocasião do apoio brasileiro à entrada da Rússia na OMC - Organização Mundial de Comércio houve o compromisso de respeitar as regras sanitárias internacionais, inclusive o Acordo Sanitário desta organização, o que não vem ocorrendo.

"Lamentavelmente, não temos visto ações enérgicas por parte do Ministério das Relações Exteriores exigindo que a Rússia cumpra o prometido. Milhares de produtores brasileiros e a indústria de diversos Estados sofrem grandes prejuízos sem que o governo os defenda. Inúmeras autoridades da Rússia passaram por Brasília nos últimos meses sem que qualquer reação tenha sido observada", finaliza.





Fonte: Safras

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