Em AL, jovem de 2,23 m faz apelo para parar de crescer
"É uma injeção que custa em torno de R$ 2 mil e eu tenho que tomar, pelo menos, uma ampola por semana. De que adianta ser um dos homens mais altos do Brasil, se não tenho saúde para desfrutar a minha vida?", indaga o rapaz, que mora numa casa de taipa em Palmeira dos Índios, em Alagoas.
O drama de Cristóvão chamou a atenção do prefeito da cidade, Albérico Cordeiro, que resolveu ajudá-lo. Segundo ele, as autoridades de saúde pública alagoanas precisam tomar conhecimento do drama de Cristóvão "para que tomem providências urgentes e evitem um mal maior". "A prefeitura de Palmeira não tem condições de arcar sozinha com o tratamento de José, que é muito caro e específico", afirma Albérico Cordeiro.
Segundo Nina Musolinu, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a acromegalia é um distúrbio hormonal que tem tratamento cirúrgico ou medicamentoso. No primeiro caso, a cirurgia consiste na retirada do tumor benigno - responsável pela produção de hormônio do crescimento em excesso - pelo orifício do nariz. Já no segundo caso, o remédio produziria um efeito parecido com o da somatostatina, que inibe a formação do hormônio do crescimento.
"A cirurgia é sempre a melhor opção de tratamento. Teoricamente, o tumor é benigno e não oferece risco de vida, mas as complicações geradas pela doença, como diabetes e hipertensão, podem comprometer a qualidade de vida do paciente a longo prazo", afirma Nina.
Cristóvão foi abandonado pelos pais , ainda bebê, em Iati, no interior de Pernambuco. Hoje, mora com a mãe adotiva, Genilza Arestides da Silva, e cursa a 5ª série.
Comentários