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Cidades/Geral
Terça - 10 de Abril de 2007 às 07:20
Por: Patrícia Neves

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O chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, tentou utilizar - atrás das grades - os serviços de uma quadrilha de exploração sexual que vem sendo desarticulada pela Polícia Civil dentro da operação "Anjos da Noite", iniciada na semana passada. A interceptação de uma conversa telefônica entre um ex-segurança de Arcanjo, identificado como Marcides, e o Guilherme Rodrigues Chagas (tido como chefe do esquema), levanta suspeitas sobre a contratação de prostitutas para o atendimento dentro da penitenciária do Pascoal Ramos, onde ele está preso desde março de 2006.

A gravação, feita mediante autorização judicial, foi realizada em 18 de julho de 2006 e tem duração de 1 minuto e 23 segundos (veja transcrição na íntegra). A escuta foi realizada no inquérito instaurado pelo delegado Paulo Araújo, do Centro Integrado de Segurança e Cidadania, do Planalto, para apurar os crimes de prostituição, pedofilia e exploração sexual.

Na conversa o nome de Arcanjo não é citado, mas fica evidente que a contratação é para um detento já que Marcides pede a Guilherme para que a contratação seja ágil já que terá de apresentar a "documentação" necessária a fim de garantir a entrada da mulher na unidade prisional no domingo. Na conversa o valor do "programa" não chega a ser combinado, apesar de Marcides demonstrar interesse em saber quanto custará. O documento citado na conversa é uma declaração de convivência, conforme exigido pela legislação penal que permite a visita íntima dentro de unidades prisionais. Durante a conversa é possível perceber que existe intimidade entre os dois homens já que o assunto é tratado com naturalidade. No começo do mês o advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, apresentou uma declaração de convivência com a jornalista Cida Montengro, mas o pedido de visita foi negado pelo sistema prisional.

Esquema - Adolescentes e mulheres faziam parte do esquema de prostituição que há pelo menos 3 anos vinha atuando em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A rede, extremamente, articulada, contava com clientes de alto padrão. Pousadas na região de Chapada dos Guimarães e hotéis de luxo na região central de Cuiabá serviam para os encontros.





Fonte: Gazeta Digital

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