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Nacional
Sábado - 07 de Abril de 2007 às 11:46

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta sexta-feira, após divulgação do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que o governo "vai manter as ações pró-ativas que vêm fazendo ao longo dos anos". Dentre as atividades, a ministra cita o Plano de Combate ao Desmatamento. Segundo ela, nos últimos dois anos o desmatamento teve uma redução de 52% e evitou que fosse lançados na atmosfera 430 milhões de t de CO², representando 15% de tudo o que teria de ser evitado pelos países desenvolvidos.

A ministra citou ainda o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) - responsável também pela diminuição de gases de efeito estufa. "Mas temos de ter esforços novos e adicionais. É um processo avassalador. Os países em desenvolvimento com certeza serão os mais prejudicados. E isso nos deixa numa situação de alerta total", disse em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews.

Enquanto o texto integral do relatório, dedicado a especialistas, alerta para o "desaparecimento de 10% a 25% da floresta amazônica até 2080", o resumo político passa por cima da questão. "Aumento de temperaturas associados à redução do nível de água no solo devem ocasionar uma substituição gradual da floresta tropical por cerrado no leste da Amazônia", diz a síntese, sem ser mais específica.

Segundo a ministra, mesmo que os países em desenvolvimento façam 100% do dever de casa - eliminem os 20% das suas emissões pelo uso da terra (desmatamento)-, se os países ricos não mudarem as suas matrizes energéticas fósseis, as suas economias carbonizadas, nós seremos igualmente afetados.





Fonte: Terra

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