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Politica Brasil
Quarta - 04 de Abril de 2007 às 14:24
Por: Fernando Leal

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Epidemia global. Esse é o conceito firmado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir a situação da obesidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento – como o Brasil, onde ela é vista como “importante problema de saúde pública”. Além disso, estimativas mostram que – em 2025 – o Brasil será o quinto país a ter problemas de obesidade em sua população.

Em Mato Grosso, um projeto que começa a ser apreciado pelas comissões permanentes da Assembléia Legislativa – de autoria do segundo-secretário da Casa, deputado Walter Rabello (PMDB) – pretende instituir a Política de Combate à Obesidade e ao Sobrepeso como medida preventiva, diante da avaliação da entidade internacional.

A intenção do “Mato Grosso Mais Leve” – como a proposta deve vir a ser chamada – é criar mecanismos para implementar ações eficazes de redução de peso, combate às obesidades adulta e infantil, e à obesidade mórbida da população. Pelo projeto, o governo mato-grossense poderá celebrar convênios e parcerias com a União e com outros estados, com seus municípios e entidades da sociedade civil.

“Por todos os problemas de saúde enfrentados por nossa população, entendo que o governo deve promover e desenvolver programas, projetos e ações que valorizem o direito humano universal à alimentação e à nutrição adequadas. Ele precisa, igualmente, combater a obesidade infantil na rede escolar; utilizar locais públicos – como parques, escolas e postos de saúde – como espaços de implementação do programa; e realizar campanhas de conscientização que ofereçam informações básicas sobre a alimentação adequada”, salientou Rabello.

Ele disse que Estado pode desenvolver, ainda, campanhas de estímulo ao aleitamento materno, como forma de prevenir tanto a obesidade como a desnutrição; capacitar o servidor público estadual para atuar como agente multiplicador da Segurança Alimentar e Nutricional; e implementar Centros de Diagnóstico e Acompanhamento dos casos de sobrepeso e obesidade, integrados ao Sistema Público de Saúde, para subsidiar a intervenção pública das esferas de governo.

Para ilustrar o grau do problema instalado em Mato Grosso, o parlamentar usou o desempenho da capital – como exemplo – em pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde. O trabalho revela que Cuiabá está entre as cinco capitais com hábitos mais nocivos à saúde ou entre as últimas nos hábitos saudáveis.

Ela também tem os piores índices – entre as capitais brasileiras e o Distrito Federal – sobre fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis. Paralelamente, os percentuais de obesos, de sedentários e daqueles que consomem carnes gordas, bebidas alcoólicas e fumantes – em Cuiabá, aparecem entre os cinco mais altos.

Outros dados divulgados, esta semana, pelo Ministério da Saúde revelam que 51% dos homens adultos que moram em Cuiabá estão com excesso de peso e 64% deles comem habitualmente carnes gordas, contra 42% das mulheres com o mesmo hábito. Para piorar, apenas 20% dos homens e 14% das mulheres daqui praticam regularmente exercícios físicos. Na pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde, foram entrevistadas por telefone mais de 54 mil pessoas.

“Para a garantia do direito humano à alimentação, é dever do Estado estabelecer políticas que melhorem o acesso das pessoas aos recursos para produção ou aquisição, seleção e consumo de alimentos. Isso é possível com elaboração e implementação de políticas, programas e ações para esse fim, definindo claramente metas, prazos, indicadores e recursos alocados”, cobrou Walter Rabello.





Fonte: AL

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