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Meio Ambiente
Segunda - 02 de Abril de 2007 às 06:21

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O príncipe Charles da Inglaterra, ambientalista convicto, parece ter conseguido conquistar sua mãe, a rainha Elizabeth II, para uma causa cada vez mais popular em tempos de aquecimento global. A soberana britânica pediu a assessores em questões ambientais que a ajudem a transformar os palácios reais em modelos de eficiência ambiental, afirmou hoje o jornal The Sunday Times.

O próprio herdeiro do trono, que defende a causa ambiental há muito tempo, pretende anunciar em julho que tanto ele como todo o pessoal de sua residência de Clarence House conseguiram neutralizar suas emissões de dióxido de carbono.

Os assessores contratados pelo palácio de Buckingham, residência principal da rainha, devem recomendar grandes mudanças na condução dos assuntos oficiais, como a limitação do uso de helicópteros e de aviões fretados.

Nos dois últimos anos, Charles compensou suas emissões de CO2, que contribuem para o aquecimento global, investindo em projetos ambientais, como o reflorestamento de regiões de Uganda, a introdução de fornos que funcionam a biocombustível na Índia e a instalação de lâmpadas de baixo consumo energético na África do Sul.

O palácio de Buckingham possui 40 mil lâmpadas e, apesar de recentemente ter instalado iluminação de baixo consumo, ainda existem muitas incandescentes e pouco econômicas. Segundo Tony Juniper, diretor-executivo da organização ambientalista "Amigos da Terra", o melhor que a rainha pode fazer é mudar a iluminação em seus palácios e melhorar a eficiência energética.

Duas limusines da marca Bentley e dois automóveis Rolls-Royce foram alterados recentemente para que funcionem tanto com gasolina como com gás derivado de petróleo. O marido de Elizabeth II, o duque de Edimburgo, passou a utilizar também um táxi particular que usa o gás como combustível.

No entanto, segundo o jornal, o impacto destas medidas ainda é pequeno. Calcula-se que as várias residências da rainha tenham emitido 810 toneladas de CO2 no ano passado.

De acordo com a organização "Carbon Footprint", que mede as emissões de carbono, a rainha e seus funcionários emitem anualmente um total de 3.751 toneladas, frente a uma média nacional de 10 toneladas por pessoa. Além disso, só no ano passado, a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip fizeram um total de 380 viagens dentro do Reino Unido e 45 pelo exterior, e o trem real foi utilizado 14 vezes.

O príncipe Charles teria inclusive abandonado o pólo, segundo o jornal, em parte para não ter que usar com tanta freqüência o helicóptero Sikorsky S76C que a família real tem à disposição.

Além disso, Charles converteu o motor de seu Jaguar e Range Rover para que funcionem apenas com biocombustível, e incentivou seus assessores a ir diariamente ao trabalho de bicicleta.

Entre os planos estudados pelo palácio de Buckingham está o de montar uma usina geradora de energia combinada que possa usar lenha e gás ao mesmo tempo, e abrir buracos para resfriar as adegas que armazenam vinho, em vez de usar aparelhos de ar-condicionado.




Fonte: Agência EFE

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