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Politica MT
Sexta - 05 de Abril de 2013 às 16:45
Por: Ronaldo Pacheco

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Secom/MT
Em meio ao ‘tiroteio’ que enfrenta com as prefeituras que exigem repasses urgentes para a saúde, o governador Silval Barbosa (PMDB) desceu do muro, e declara: “O problema da saúde não está no Estado, mas, sim, nos municípios e na União, na falta de capacidade para investimentos”. 



A entrevista exclusiva, com rara sinceridade, está publicada 17 páginas da revista “O Economista”, editada pelo Conselho Regional de Economia, a ser lançada no final da tarde desta sexta-feira (05/04).

 
 
Silval assegura que o governo de Mato Grosso tem feito, “com sobras”, a sua parte, como ampliação dos leitos e melhoria no atendimento de média e alta complexidade. Porém, a União, a quem cabe financiar o Sistema Único de Saúde (SUS), e os municípios, executores do atendimento na atenção básica, também devem fazer o que lhes compete na ‘administração tripartite’. 



 
“Não adiante o SUS fazer a sua parte e o município não fazer a atenção básica. Eu cito como exemplo bem próximo e que todos os dias está na mídia: o Pronto Socorro de Várzea Grande! É a porta aberta com o ambulatório e consultório medico normal”, critica o governador.

 
 
“Não é para essa finalidade. O Pronto Socorro tem que ser para atender média e alta complexidades, acidentados, cirurgias de urgência. Ali ser como posto de saúde. Porquê? Porque pouco mais de 20% do município tem cobertura da atenção básica, seja ano atendimento nas unidades da Família (USF), posto de saúde ou policlínicas. Tem-se que estruturar as USFs, UPAs, policlínicas e postos de saúde para tirar esses usuários do Pronto Socorro”, argumenta o chefe do Poder Executivo do Estado.

 
 
“Então, se o município fizer a sua parte e não querer delegar tudo isso ao Estado e à União... Se cada um fizer a sua parte, com certeza, teremos um avanço muito grande na saúde, em pouco tempo”, destaca o governador.

 
 
Na mesma entrevista, ele se mostra infenso aos protestos de diferentes segmentos da sociedade contra o funcionamento das Organizações Sociais de Saúde (OSS). E Barbosa se apóia em estatísticas para contrapor os críticos das OSS e avisa que não irá retroceder.

 
 
“Eu creio que já está registrado. Eu falei das OSS, que nós temos que auditar e cobrar aquilo que está contratado”, retruca, numa resposta aos ataques. Ele cobra que sejam feitas comparações com os hospitais de Rondonópolis, Cáceres, Sorriso e Colíder – antes e, depois, das OSS. “Vocês vão e conversem com os profissionais: médicos, servidores e com a população. Nós tínhamos filas imensas de pessoas aguardando cirurgia eletiva. E as filas acabaram”, desafia Silval.

 
 
Silval lembra que, em dois anos, aumentou 396 leitos no Estado, com a abertura do Hospital Metropolitano e o Hospital de Sinop, além de assumir o Hospital de Alta Floresta. “Eu fiz convênio para aumentar 80 leitos no Pronto Socorro de Cuiabá e mais 62 leitos no Hospital Santa Helena. Além disso, aumentamos a capacidade do Hospital do Câncer e construímos uma ala no Hospital Lions Visão”, avalia ele. 

 
 
“Estamos concluindo um projeto de Parceria Público Privada para fazer o Hospital Central de Cuiabá, que está parado há quase 30 anos. Vamos mexer nesse ‘esqueleto’ parado em pleno Centro Político e Administrativo”, pontua Barbosa.

 
 
Silval afiram que, entre 2013–14, Cuiabá terá mais quatro cursos de Medicina. Um no campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato grosso (UFMT) e outro em Sinop; um curso privado na Universidade de Várzea Grande (Univag) e já em funcionamento o curso da Universidade do Estado (Unemat), em Cáceres. “Quanto esses cursos estiverem formando médicos, teremos 360 acadêmicos no Curso de medicina, na Unemat, em Cáceres. Isto é um avanço na medicina de Mato Grosso”, assegura.



O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípois (AMM), Valdecir Luiz Colle, o Chiquinho do Posto (PSD), não atendeu às ligações da reportagem do Olhar Direto, em seu celular, para comentar o assunto. A assessoria de imprensa da AMM se comprometeu em ouvir Chiquinho do Posto ou esclarecer o tema, via nota, mas não o fez até o fechamento desta reportagem.

 
 
(Colaborou Getúlio de Paula, da revista “O Economista”)





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