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Nacional
Quinta - 29 de Março de 2007 às 10:23

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O pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ter "prazo, dia e hora" para o fim da crise nos aeroportos não pode ser atendido, segundo o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) brigadeiro José Carlos Pereira. "Isso é impossível de se prever”, disse, em entrevista à imprensa, após reunir-se com o presidente da República e com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Na reunião, foi discutida a compra da Nova Varig pela companhia aérea Gol.

O brigadeiro Pereira garantiu que, com as medidas que a Infraero, a Anac e o Comando da Aeronáutica estão tomando, “muita coisa será minimizada em curtíssimo prazo de tempo”. Mesmo assim, disse que é difícil precisar datas para a solução total dos problemas. “É uma previsão difícil de dizer, dia 27, terça-feira, às 10 horas, estará tudo concluído, tudo certinho".

De acordo com Pereira, para a Infraero, a prioridade é resolver “na maior velocidade possível” a situação nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e de Congonhas, em São Paulo. As prioridades seguintes, disse Pereira, são a recuperação de alguns equipamentos dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e do Afonso Pena, em Curitiba. “No momento, nossa preocupação é com os equipamentos que não podem faltar, porque isso realmente causa um apagão”.

Pereira diz que pretende entregar ao ministro da Defesa, Waldir Pires, também na sexta-feira, o resultado da sindicância feita para determinar as causas e os culpados pelos problemas que causaram o fechamento do aeroporto de Guarulhos durante o último final de semana. “Nossa sindicância vai apurar se houve negligência de alguém no episódio. Se houve, haverá punição”.

Um dia após ter completado um ano no comando da Infraero, responsável por administrar 67 aeroportos brasileiros, Pereira diz não ter se espantado com as irregularidades encontradas no sistema de arrecadação da empresa, relativas a gestão anterior a sua. “Eu, com 65 anos de idade e 47 anos na Força Aérea, perdi completamente a capacidade de me espantar com qualquer coisa. O gestor público, acho, não tem direito de se espantar com nada. Tem direito de olhar a realidade, sem espanto”.

Pereira disse ser contra o aumento das tarifas, que classificou como extremamente altas. “Precisamos é usar melhor essas tarifas. Quando você reduz uma tarifa e aumenta o fluxo, você está aumentando o rendimento. Se houver mais aviões, haverá mais pessoas transitando”.





Fonte: ABr

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