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Nacional
Terça - 27 de Março de 2007 às 10:47

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Afastado do cargo há três meses, o diretor-financeiro da Infraero Adenauher Figueira Nunes responde a sindicância na CGU (Controladoria Geral da União) em decorrência de movimentação de pouco mais de R$ 250 mil em dinheiro vivo, considerada atípica pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Os pagamentos, feitos em 2004, beneficiaram uma imobiliária, origem das comunicações ao Coaf. Nunes é também alvo de sindicância na CGU por suposto envolvimento num dos capítulos do escândalo do mensalão.

Ele teria indicado a corretora de seguros Assurê para negócio com a estatal. A empresa pertencia a um amigo do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). A Assurê foi contratada para ficar com o resseguro da Infraero.

O caso é investigado pelo Ministério Público Federal no Rio desde 2005. A Assurê havia obtido licença para operar no mercado de resseguros em agosto de 2003, mesma época em que garantiu o negócio com a Infraero.

O afastamento de Nunes foi defendido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, no conselho de administração da Infraero. Segundo a estatal, o diretor afastado não pode assinar documentos, mas dá expediente na empresa.

Procurado, Nunes não se manifestou. Seu advogado, Edison Messias de Almeida, criticou a divulgação de informações das sindicâncias. Disse que Nunes informou seus rendimentos à Receita e não haveria "acréscimo patrimonial" não justificado.

O diretor afastado também nega que tenha praticado ato de improbidade administrativa na negociação com corretora de seguros.

Ao presidente da Infraero Nunes explicou que recebeu o dinheiro por ser sócio de uma empresa de espetáculos de rua. Segundo apurou a Folha, contou também que já acertou com a Receita o pagamento do imposto devido e da multa, tendo parcelado o débito.





Fonte: Folha de S. Paulo

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