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Quinta - 04 de Abril de 2013 às 08:20

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Em reunião ontem, a cúpula do PSD decidiu que o deputado estadual Walter Rabello (PSD) não é suspeito para relatar o projeto do colega Emanuel Pinheiro (PR) que caça os superpoderes do vice-governador Chico Daltro, também do PSD. Decisão essa rechaçada por Pinheiro, que classifica o resultado como vexatório. 
 
O próprio Walter Rabello questionou sua capacidade de analisar o projeto por ser líder da bancada social-democrata na Assembleia Legislativa, e decidiu analisar junto à cúpula o fato. Entretanto, já na quarta-feira (3), ele afirmou que iria se manter como relator e que o PSD não iria de forma alguma pressionar em sua decisão, além de que a cúpula anunciou confiar em suas decisões. 
 
“Reuni com a bancada e foi decidido que não há nenhuma fundamentação contrária à minha permanência. Confiam no meu trabalho e não há pressão”, ressaltou. 
 
O parlamentar ponderou ainda que um dos artigos de lei estadual fala sobre o possível acúmulo de cargos, titulando que o vice-governador pode receber quaisquer atribuições. Além disso, o fato de a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não ter se manifestado sobre o assunto também representa um fator de que a situação de Daltro é constitucional. 
 
Apesar de o cerco estar se fechando contra a intenção de Emanuel Pinheiro, com esvaziamento de seções para votação, o republicano ganhou dois apoios. Trata-se dos deputados Ademir Brunetto (PT) e Luciane Bezerra (PDT), que, ácida, subiu na tribuna no parlamento estadual para criticar manobras da frente situacionista para impedir a votação do projeto. Ela esbravejou que Pinheiro está sendo diplomático e que se ela estivesse em seu lugar, seria mais intransigente. 
 
Por sua vez, Emanuel afirmou que a situação que ocorre na AL hoje é de constrangimento para conclusão do projeto contra Daltro. “É vexatória, expõe o parlamento. Toda essa celeuma para votar uma matéria que está em dispensa de pauta beira o ridículo. Tenho direito de ver o meu projeto discutido, debatido e votado. Quem for a favor vai se mostrar a favor e quem for contra vai se manifestar contra”, reiterou. 
 
Ele disse que os colegas de Casa se sentem constrangidos em votar contra o ideal mantido pelo PSD e criticou Walter Rabello, ao afirmar que ele está agindo mais como líder de sua agremiação do que, de fato, como um parlamentar. 
 
“A questão do Walter é um problema sério para o parlamento avaliar depois da declaração dele que se julgava impedido, se julgava suspeito. Como fica a situação?”, questionou. (PV) 





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