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Policia MT
Quinta - 04 de Abril de 2013 às 08:02
Por: GUSTAVO NACSCIMENTO

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Mais de 15 falsos dentistas foram presos em Mato Grosso no ano de 2012. Somente no começo de 2013 o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) denunciou três falsos profissionais, que atuavam livremente dentro do estado. 

 
 
Ontem (3) João Batista Bom Tempo, de 52 anos, foi detido no município de Dom Aquino (166 km ao sul de Cuiabá). Ele foi acusado de atuar ilegalmente como dentista por aproximadamente 20 anos. A prisão aconteceu depois que uma equipe, que realiza a fiscalização de rotina do CRO, passou pela cidade. A Polícia Civil autuou o dentista em flagrante quando ele realizava diversos atendimentos. 

 
 
Segundo a polícia, o suspeito admitiu que atuava há 20 anos na região. Ele não apresentou nenhum documento falso e está sendo acusado apenas de exercício ilegal da profissão, que é considerado um crime de menor potencial ofensivo, com pena de até dois anos de detenção. João Batista assinou um termo de compromisso e foi liberado após prestar alguns esclarecimentos. A polícia afirmou que os pacientes que estavam sendo atendidos pelo falso dentista também deverão prestar depoimentos sobre o caso. 

 
 
A clínica de João Batista funcionava nos fundos da casa dele, no centro da cidade. “Ele é réu confesso. Mas, nós tiramos fotos do consultório, ouvimos várias testemunhas e continuamos investigando. Se encontrarmos algum documento falso, aí ele vai ser autuado por outros crimes e poderá ter a prisão preventiva decretada”, afirmou o Delegado da Polícia Civil de Dom Aquino, Afonso Monteiro da Silva Júnior. 

 
 
De acordo com o coordenador do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT), Widney Alves, dentistas trabalhando ilegalmente ainda são muito comum no estado de Mato Grosso. “Essa é uma realidade do interior do estado. Normalmente, o pai ou avô chegou na cidade há 20 ou 30 anos e começou a trabalhar como dentista e acabou ganhando muito dinheiro. Por conta disso, os filhos também ingressam na prática. O pior é que em muitos casos eles atuam com o aval das prefeituras. 

 
 
O coordenador afirmou que os riscos de se consultar em locais clandestinos são diversos e que os pacientes devem exigir a identidade profissional dos especialistas. “Teve casos de pacientes que até quebraram o maxilar por conta do atendimento retrogrado que esses falsos dentistas executam. Como os equipamentos são defasados, desatualizados e normalmente não passam pelos devidos cuidados da vigilância sanitária, ainda há o risco dos pacientes pegarem outras doenças como hepatite ou AIDS”, afirmou. 





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