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Politica Brasil
Sexta - 09 de Março de 2007 às 15:41
Por: Fernando Leal

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Desde a última quinta-feira (08), a Assembléia Legislativa estuda a possibilidade de criação do Programa Estadual para Identificação e Tratamento da Dislexia na rede oficial de ensino de Mato Grosso. A matéria prevê a detecção precoce e o acompanhamento dos estudantes com o distúrbio.

A proposta, apresentada pelo deputado Walter Rabello (PMDB), obriga o governo a realizar exames nos alunos matriculados na 1ª série do Ensino Fundamental, naqueles já matriculados na rede – com o advento desta lei, e os de qualquer série admitidos por transferência de escolas fora da rede pública estadual. “Esse programa deverá abranger a capacitação permanente dos educadores para que tenham condições de identificar os sinais da dislexia e de outros distúrbios nos educandos”, observou Rabello, salientando os resultados finais da sétima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “O exame apontou, em Mato Grosso – principalmente na capital - a necessidade urgente de uma mudança na política educacional do Estado”.

O deputado disse que os resultados negativos são provocados por infra-estrutura sucateada; precariedade de carteiras escolares; servidores desestimulados e retenção de seus direitos; atraso nos repasses financeiros às escolas; falta de uma política educacional definida; e a saúde dos alunos da rede pública. “Apesar do Poder Público permanecer de olhos fechados para essa realidade, a dislexia está diretamente relacionada à evasão escolar e à sensação de fracasso pessoal. Além disso, atualmente, a imensa maioria das redes educacionais pública e particular não estão capacitadas para esse desafio. Daí a importância de criarmos, em nossas escolas, um programa efetivo, que capacite professores a identificar estes distúrbios; crie equipes multidisciplinares para realizar uma avaliação precisa e garanta o acompanhamento profissional necessário”, propôs Walter Rabello.

O projeto atribui às Secretarias Estaduais de Saúde e de Educação a execução do programa e considera importante a criação de equipes multidisciplinares para execução do trabalho de prevenção e tratamento. O programa terá caráter preventivo e vai realizar o tratamento do educando. “Não podemos ficar apenas no discurso. Precisamos apontar medidas que possam melhorar as condições de aprendizado dos alunos da rede pública, entre elas a prevenção da dislexia”, concluiu Rabello.

O que é dislexia

A dislexia é curável, suas causas são neurobiológicas e genéticas, e seus portadores processam informações em uma área diferente do cérebro. Ela é uma das deficiências de aprendizado mais comuns.

Pessoas disléxicas – que nunca se trataram – lêem com dificuldade e, geralmente, soletram muito mal. Muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população. Crianças disléxicas, que têm o distúrbio identificado precocemente e dão início ao tratamento, apresentam menor dificuldade ao aprender a ler. Isto evita problemas no rendimento escolar, que levam meninos e meninas a desgostarem de estudar, terem comportamento inadequado e atrasos na relação idade/série.

Alguns exemplos de pessoas disléxicas que obtiveram grande sucesso profissional são Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (criador-fundador dos personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora).





Fonte: AL

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