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Meio Ambiente
Quinta - 08 de Março de 2007 às 07:47

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Alguns casos de infertilidade podem ser tratados com injeções de um hormônio que provoca a puberdade, de acordo com cientistas.

Uma equipe de pesquisadores do Hammersmith Hospital, em Londres, demonstrou que injeções do hormônio neuropeptídio kisspeptin estimulam a liberação de hormônios que controlam a menstruação.

O kisspeptin é o neuropeptídeo que provoca a liberação de hormônios da reprodução em crianças quando elas atingem a puberdade. Seres humanos que têm falta deste hormônio permanecem sexualmente imaturos.

A descoberta foi apresentada em uma conferência da Sociedade de Endocrinologia na cidade de Birmingham, no norte da Inglaterra.

Ovulação

A produção de kisspeptina é controlada por um único gene, chamado KiSS-1, por pesquisadores em Hershey, no Estado americano da Pensilvânia.

A equipe do Hammersmith Hospital queria verificar o efeito do hormônio sobre a ovulação de uma mulher.

Para verificar sua segurança, eles injetaram pequenas doses em voluntárias saudáveis e monitoraram o seu efeito.

Depois da injeção, as voluntárias tiveram um aumento na concentração de hormônio luteinizante (LH) no sangue - um hormônio necessário para a ovulação ocorrer.

"Potencial futuro"

O kisspeptin aumentou a concentração de LH em todos os estágios do ciclo menstrual, mas os efeitos foram maiores na fase pré-ovulatória.

Waljit Dhillo, que liderou a pesquisa, disse: "O kisspeptin já demonstrou no passado estimular bastante a liberação de hormônio em animais, mas esta é a primeira vez que foi constatado que ele estimula a liberação de hormônio sexual em mulheres."

"Nós poderemos agora procurar dar o hormônio para mulheres que não têm menstruação, cujos ciclos irregulares ou que têm menstruação mas não ovulam."

"Um em cada nove casais é afetado por infertilidade e este pode ser um dos tratamentos."

Simon Fishel, diretor do Care Fertility Group, disse: "Isto não é surpresa por causa do que já sabemos sobre kisspeptin, mas é interessante que eles tenham obtido estes resultados em mulheres."

"Isto tinha que ser testado primeiro em mulheres saudáveis para mostrar sua tolerância, e que funciona."

"Os pesquisadores agora têm que ver se tem potencial no futuro como tratamento", disse Fishel.




Fonte: BBC Brasil

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