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Nacional
Segunda - 05 de Março de 2007 às 13:18

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No mais forte esquema de segurança já montado no país para receber uma autoridade estrangeira, o presidente americano George W. Bush desembarcará no Brasil com cerca de 300 policiais vindos dos EUA.

Para cumprir a agenda prevista nos dias 8 e 9 de março, em São Paulo, a comitiva da segurança americana será reforçada por aproximadamente 200 policiais federais. O número pode cair um pouco, a depender de quantos integrantes do Exército serão destacados para o evento --o efetivo disponível em São Paulo gira em torno de 4.000 homens.

Ao chegar ao Brasil, no final da tarde de 8 de março, Bush deve seguir direto para um hotel, cujo nome tem sido mantido sob sigilo e que já foi totalmente reservado para receber os americanos.

Sem nenhum outro hóspede de fora da comitiva, o hotel terá todos os seus andares monitorados. De lá, o presidente só deve sair no dia seguinte, para cumprir a agenda oficial.

Existe um grande esforço da equipe de segurança para evitar deslocamentos de Bush por São Paulo. Assim, é possível que haja mudanças na agenda, que por ora prevê, pela manhã, visita ao terminal da Transpetro, em Guarulhos, na companhia do presidente Lula.

À tarde, o presidente deve visitar a ONG "Meninos do Morumbi" --entidade que atende cerca de 3.000 crianças e adolescentes com projetos de dança, canto e percussão.

É possível, no entanto, que, depois de visitar a Transpetro, Bush siga direto para o aeroporto internacional, que também fica em Guarulhos, e embarque rumo ao Uruguai.

À distância

Em um esquema de segurança bastante rígido, os jornalistas poderão acompanhar os eventos de Bush à distância. Em alguns momentos, a imprensa ficará até 80 metros longe do presidente dos EUA.

Os jornalistas destacados para a cobertura terão de se submeter a uma "varredura de segurança", ou seja, passar por máquinas de raio-X e por revista de bolsas e de equipamentos -procedimentos já utilizados pela equipe de segurança do presidente Lula.

Ao longo dos trajetos que Bush irá percorrer por São Paulo, haverá atiradores de elite da PF e do Exército posicionados em pontos estratégicos.

Essas instituições também vão montar um grupo tático, para um caso extremo. Esse tipo de equipe tem treinamento para enfrentar, por exemplo, seqüestro de avião.

O deslocamento das comitivas, guiadas por batedores da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, também será acompanhado por helicópteros da Força Aérea Brasileira.

O Exército deverá ocupar zonas consideradas de risco e ajudar no fechamento de vias de acesso, assessorando a operação. Durante o período em que Bush ficar em São Paulo, é esperada uma piora significativa do trânsito da cidade. Árabes e MST

O Brasil não tem histórico de ações terroristas, o principal temor dos americanos. Ainda assim, a PF dobrou o número de policiais em missões destinadas a levantar informações relativas à colônia árabe em São Paulo e em Foz do Iguaçu.

"Nunca houve uma visita de tanto risco. O presidente Bush é uma pessoas que têm muitos inimigos no mundo todo. Estamos tomando todas as precauções", afirma o delegado da PF Flávio Luiz Trivella, responsável pela segurança de Bush.

Outra preocupação está em uma eventual manifestação de integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) contra a visita de Bush. Todos os possíveis protestos também estão sendo monitorados.





Fonte: Folha de S.Paulo

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