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Politica Brasil
Segunda - 05 de Março de 2007 às 08:04
Por: Auro Ida

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"Não tenho, no momento, intenção de trocar o PFL por outro partido". A declaração foi feita pelo senador Jaime Campos, ao comentar ontem o convite que recebeu das principais lideranças do Partido da República (PR) para se filiar a legenda. "Nós o convidamos, porque é uma das principais lideranças políticas de Mato Grosso", informou o deputado federal Wellington Fagundes.

Jaime Campos disse que deixaria o PFL, caso o partido decidisse fazer oposição radical ao governo do presidente Lula. "Não podemos fazer oposição por oposição", enfatizou. "O partido tem que saber o que é bom para o Brasil".

"Já disse para os dirigentes do PFL que não vou fazer oposição radical no Senado", informou. O senador pefelista admitiu que não pretende trocar o PFL pelo PR muito mais por questão sentimental. "Sou fundador do PFL e, por isso, dificilmente saio do PFL para ir para o PR", enfatizou.

Essa impressão, Wellington Fagundes teve quando fez o convite a Jaime Campos. "Senti que ele não quer vir para o PR, porque gosta do PFL", analisou. Por isso, o senador mato-grossense é um dos opositores da troca do nome de PFL para Partido Democrata (PD). "Antes de trocar de nome, é preciso mudar o programa, a doutrina", diz.

Para o conselheiro do Tribunal de Contas do estado, Júlio Campos, ex-governador, ex-senador e seu irmão, Jaime Campos poderá trocar o PFL pelo PR num amplo acordo político, que passaria pela sua candidatura ao governo do Estado em 2010. "Acho que, nessa hipótese, ele poderia ir para o PR, porque Jaime não tem tanta ligação com as lideranças pefelistas como o Jonas (senador Jonas Pinheiro)", comentou.

"Não descarto, portanto, embora não tenha conversado com ele, a possibilidade de, no futuro, o Jaime ir para o PR", ressaltou. Wellington Fagundes disse que é favor de um amplo acordo, inclusive para as eleições de 2010, para conseguir a filiação do senador pefelista. "Um acordo desse é para o bem do Estado", ponderou, observando que o Pagot, ao invés de ser candidato ao governo, assumiria o mandato de senador por quatro anos no lugar de Campos, de quem é primeiro suplente.

Ao ser questionado sobre o assunto, Jaime Campos procurou desconversar. "Faz apenas um mês que estou no mandato de senador. A minha preocupação é fazer um trabalho que dignifica quem depositou a confiança em mim", ressaltou. Mas acabou abrindo a guarda diante da insistência para comentar o assunto. "Se lá na frente, houver um entendimento em torno do meu nome, não sou homem de fugir do pau". E acrescentou: "não estou trabalhando para isso, mas o futuro a Deus pertence".





Fonte: Gazeta Digital

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