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Cidades/Geral
Domingo - 04 de Março de 2007 às 14:53

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O uso de fundos solidários para ajudar pessoas que se encontram em situação de pobreza, como é o caso das incluídas no programa Bolsa Família, poderia contribuir para a inclusão social no Brasil. A proposta foi defendida durante o Seminário Nacional dos Fundos Solidários e pelo presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Chico Menezes.

Segundo ele, os fundos financiam projetos de geração de renda de comunidades carentes com o objetivo de dinamizar a economia local e retirar essas famílias da situação de pobreza. Eles são criados a partir do lucro obtido pelas cooperativas e associações. Depois de o empreendimento se consolidar, as comunidades retiram uma parte do lucro e investem em um fundo solidário. Com essa reserva, não é necessário que haja mais investimento nas cooperativas, pois a comunidade vai ter dinheiro suficiente para comprar materiais para evolução do serviço.

“Os fundos solidários são uma modalidade que vem sendo construída no Brasil há 30 anos e representa a própria comunidade construir um fundo para realizar atividades conjuntas. O potencial dessas pessoas, que estão organizadas pode levar a frente empreendimentos comuns e trazer grandes avanços”, diz Chico Menezes.

O presidente do Consea explica ainda que recursos públicos podem ser utilizados para fortalecer os fundos solidários. De acordo com ele, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha com uma linha de microcrédito, que pode ser disponibilizada para esses grupos comunitários.

No entanto, Menezes ressalta que a intenção não é retirar a transferência de renda dessas comunidades, mas sim envolver o público do Bolsa Família em outros programas gradativamente, seja pelos fundos solidários, por microcrédito, por qualificação profissional ou alfabetização de adultos. “Eu acho que o governo federal cumpriu uma importante meta de fazer chegar o programa Bolsa Família as 11 milhões de pessoas [o número de beneficiários], dando início a um processo de garantias de direito essenciais. Mas é preciso ir além”, defende.

De acordo com ele, é importante que seja dado um segundo passo com o estabelecimento de programas estruturantes. “É um momento em que se está discutindo uma agenda social junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e acredito que esses programas serão um elemento de peso dentro dessa agenda”, avalia.

Os fundos solidários fazem parte da política de Economia Solidária. Para o presidente da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, “esses programas vêm abrir uma porta para as famílias do Bolsa Família saírem da dependência”. Segundo ele, o primeiro passo é mobilizar as pessoas, convencê-las a se associar e discutir com elas que atividades gostariam de desenvolver.





Fonte: Agência Brasil

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