Acusada nega autoria e diz que amásio matou mãe e filha em Sinop

Os depoimentos do casal envolvido no duplo homicídio de mãe e filha, no último dia 15, estão tendo uma série de inverdades. Ontem, Nivaldo Moreira Kienen alegou que sua amásia Simone Simoni Relhers teria cometido o crime. Hoje, foi a vez de Simone depor e jogar a culpa no marido. Nenhum admite ter dado as facadas e marteladas que mataram brutalmente Silvia Bertolazi, de 40 anos, e sua filha Renata, de 12.

Simone alegou que antes do crime estava em um bar com Nivaldo, mas ele saiu antes que ela. "Ele chegou na casa da vizinha. Quando cheguei ele já tinha matado a senhora. Não tenho envolvimento, foi ele quem matou... ele já estava em cima da menina, que estava sangrando. O menino gritando lá dentro e eu queria entrar e ele (Nivaldo) veio com a faca. Falava com ele e não me dava atenção. Ele disse que fez isso por causa da menina. Falei que se queria a menina porque não pediu permissão para a mãe porque eu não tinha ciúme dele", declarou.

Ela alegou que tentou pedir ajuda. "Gritei para a casa de cima, mas não tinha ninguém. Fiquei com medo dele me matar", defendeu-se.

A partir de agora a polícia vai confrontar os depoimentos dos dois, e acredita que o crime não foi planejado. "Sabemos que ele (Nivaldo) estava na casa antes dela chegar. Porém, a confusão que gerou o crime foi ocorrer depois dela chegar. Acreditamos na tese do crime passional, que ela teve ciúmes e começou a praticá-lo, e o esposo participou também", explicou o delegado Richard Damasceno.

"Ela disse que tinha um brinco que sumiu e os policiais foram até o local com ela para ver se o encontram", completou.

Outro fator que pode comprovar a autoria do crime é o resultado do exame de DNA, feito com amostras de sangue colhidas em roupas do casal e que serão comparadas com das vítimas.