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Internacional
Domingo - 25 de Fevereiro de 2007 às 22:37

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Pelo menos 20 pessoas morreram hoje e outras 30 ficaram feridas em um atentado-suicida que carregava um cinto com explosivos presos ao corpo, perto da Universidade de Mustansiriya, no leste de Bagdá, informaram fontes policiais.

O atentado ocorreu no campus da Faculdade de Economia e Administração e Direção de Empresas da universidade. A maior parte dos feridos é de estudantes da faculdade, acrescentaram as fontes, que não descartaram que o total de vítimas fatais aumente nas próximas horas.

Paralelamente, a explosão de um carro-bomba estacionado em um mercado no bairro de Al Karrada, no centro da capital, causou ferimentos em quatro pessoas.

Embaixada do Irã

Pelo menos duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas na explosão de um furgão-bomba neste domingo perto da embaixada iraniana no centro de Bagdá, num atentado que aumenta a tensão entre o Irã e seus vizinhos iraquianos.

Até o momento não ficou claro se o atentado foi dirigido especialmente contra a legação iraniana, situada numa das ruas do centro de Bagdá utilizadas com muita freqüência os comboios militares iraquianos.

A explosão ocorreu às 8h45 locais (2h45 de Brasília), a cerca de 30 m da embaixada iraniana, no Distrito de Karrada Miriam, um bairro onde convivem xiitas e sunitas.

"A polícia nos disse que o veículo usado no atentado foi um pequeno furgão Kia e que duas pessoas morreram. Foi perto da embaixada, mas não éramos o alvo", disse o diplomata iraniano lotado em Bagdá Jalil Saadati.

Um funcionário do Ministério de Defesa do Iraque confirmou a morte de dois civis na explosão e afirmou que outros oito ficaram feridos.

Segundo um fotógrafo da France Presse, o furgão-bomba estava estacionado a cerca de 30 m da embaixada iraniana. A área foi imediatamente fechada e isolada.

Após o atentado, o governo iraniano negou que sua embaixada em Bagdá tivesse sido alvo de um atentado com carro-bomba, segundo a agência iraniana Irna, citando fontes governamentais.

"A explosão não ocorreu perto da embaixada, nenhum dos funcionários ficou ferido e o edifício da embaixada não foi danificado", afirmou a Irna.

Atentado à mesquita

A explosão de um caminhão de combustível com bombas acopladas em seu interior matou 40 pessoas (até a madrugada de hoje) perto de uma mesquita sunita (60 km a oeste da capital do Iraque) neste sábado. A polícia local diz acreditar que a mesquita fosse o alvo do ataque.

O ataque é supostamente uma resposta às declarações do imã da mesquita, que criticou, no dia anterior (em discurso pronunciado durante a oração de sexta-feira), militantes da rede terrorista Al Qaeda, segundo policiais e moradores.

Uma outra versão que circula entre moradores da região é de que o ataque aconteceu como represália de membros da Al Qaeda contra uma delegacia próxima ao local --que havia lançado, nos últimos dias, uma série de operações contra a organização na região.

A explosão do caminhão ocorreu quando o veículo estava estacionado próximo a um mercado da cidade de Habaniya (Província de Al Anbar), local onde forças norte-americanas combatem insurgentes sunitas (e a Al Qaeda). Líderes tribais sunitas em Al Anbar lideram uma campanha para resistir à Al Qaeda, que assumiu a Província como um de seus redutos.

De acordo com os policiais, o mercado foi destruído, ferindo ao menos 64 pessoas. A agência de notícias iraquiana Aswat al Iraq informou ontem que a maioria das vítimas era de fiéis que se dirigiam à mesquita para as orações da tarde. Entre mortos, mulheres (cerca de 20) e crianças. A explosão danificou várias lojas e edifícios próximos ao local.

Mais de 20 explosões em seqüência também atingiram um Distrito ao sul da capital após o anoitecer. O Exército norte-americano declarou que a causa das explosões foi "fogo indireto".

Qassim Moussawi, porta-voz das forças iraquianas na capital, afirmou que as explosões resultaram de uma importante operação conjunta com os Estados Unidos em Bagdá.

O ataque deste sábado sinaliza que a disputa de poder na região poderá se intensificar. Reforços norte-americanos devem ser enviados para a área.





Fonte: Folha Online

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