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Polícia Brasil
Domingo - 25 de Fevereiro de 2007 às 14:24

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O soldado PM José de Barros Costa será julgado no próximo dia 30 de março pelo assassinato de Márcio Antônio Costa Santos, júri que terá como testemunha de acusação o ex-cabo Hércules Araújo Agostinho. O julgamento será realizado pelo tribunal do júri da Comarca de Várzea Grande, presidido pela juíza Maria Erothides Kneipp de Macedo. O assassinato ocorreu em julho de 2002, no bairro Água Vermelha, numa rinha de galo, e seria um crime de “encomenda”.

O ex-cabo Hércules informou que provará a participação do soldado neste e em mais três assassinatos - da ex-namorada de Hércules, Maria Ângela da Silva, do diretor da Vancoop, Cristóvão Tadeu Franchi, e do pecuarista Valdênio Lopes Viriato - todos com indícios de crime de pistolagem. Neste último, Costa foi pronunciado, mas apelou da decisão.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o depoimento de Hércules será um dos mais importantes, mas não será a prova principal. O promotor criminal Mauro Benedito Curvo informou que o trunfo será a arma do crime.

A pistola 380mm usada no crime pertencia ao soldado Costa, que afirmou não tê-la emprestado e que nem tampouco a perdeu. Costa foi denunciado por homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

“Claro que o depoimento de Hércules será muito importante, mas temos embasamento suficiente nos autos (processo) da participação dele (soldado Costa) como um dos dois participantes da execução”, assegurou.

Conforme explicou o promotor, as investigações apontam para a participação de mais um pistoleiro e do mandante. “O assassinato tem todas as características de pistolagem. Então precisamos chegar até quem o contratou”, completou.

O militar foi pronunciado (confirmação de que irá a júri popular), mas recorreu junto ao Tribunal de Justiça que manteve a decisão. No início do mês, a juíza da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Maria Erothides Kneipp de Macedo, marcou o julgamento.

Márcio foi executado com três tiros de pistola na noite do dia 21 de julho de 2002, por volta das 20 horas, em uma rinha (espaço para brigas) de galo. Ele estava em companhia de várias pessoas assistindo a brigas de galos.

Em dado momento, um homem armado com uma pistola chegou ao local, enquanto outro o aguardava numa motocicleta. Após atirar três vezes, os criminosos fugiram em alta velocidade.

Barros nega ter participado e muito menos ser o autor. Ele ressaltou que comprou a pistola de Hércules depois da execução, mas o ex-cabo afirmou ter repassado a pistola alguns meses antes da execução de Márcio.

A princípio, o crime seria um acerto de contas. A vítima, conforme as investigações, tinha envolvimento com o roubo de carros e pode estar relacionado com a execução. Embora o MPE tenha chegado a um dos autores, a motivação do crime ainda não está esclarecida. O soldado PM está preso no Cadeião de Santo Antônio de Leverger (cidade localizada a 27 quilômetros da Capital).





Fonte: Diário de Cuiabá

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