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Economia
Domingo - 25 de Fevereiro de 2007 às 10:02

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Na primeira quinzena deste mês, as vendas de automóveis e de veículos comerciais leves (modelos esportivos), que foram recorde em dezembro e janeiro, cresceram a taxas ainda maiores: foram licenciados 87.458 carros, 28,9% a mais do que mesmo período de 2006 e 27,5% mais em relação aos primeiros 15 dias de janeiro.

Em janeiro, o crescimento na comparação com o mesmo mês de 2006 havia sido de 15,5%. A forte demanda baixou o estoque de algumas concessionárias para dez dias --em geral, ele dura 25 dias, em média. Segundo as revendas, as montadoras estão acelerando o ritmo de produção para se adequar ao crescimento das vendas.

"O ritmo de fevereiro foi muito acelerado para um período em que não há muitas promoções", avalia o especialista no setor David Wong, vice-presidente da consultoria Kaiser Associates. "O fechamento do ano foi recorde de baixa de estoque. Dezembro foi extraordinariamente bom", completa.

Os dados referentes à primeira quinzena deste mês são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A entidade estima que no mês todo 139 mil veículos serão licenciados. "Está faltando veículo, e não estamos dando conta de atender à pronta entrega", afirma Edmo Pinheiro, presidente da Abracaf (Associação Brasileira dos Concessionários Fiat). "Nossos estoques atualmente dão para apenas dez dias."

Segundo ele, a demanda está particularmente aquecida desde novembro do ano passado. "A entrega é que não está dando conta, devido aos dias parados de Ano Novo, Carnaval e férias coletivas", avalia. De acordo com Pinheiro, a montadora já intensificou o ritmo de produção. "A Fiat contratou o terceiro turno no início de fevereiro."

Crédito

O bom momento vivido pela indústria automobilística pode ser explicado principalmente pelo crédito concedido pelas montadoras aos consumidores. "O preço do carro não tem subido, e, com a queda da taxa de juros, a prestação cai, tornando o carro mais acessível", diz o especialista no setor Richard Dubois, diretor-associado da consultoria AT Kearney.

Segundo ele, o aumento na primeira quinzena deste mês em relação a janeiro pode ser explicado pelo fato de as vendas de carros na primeira semana do ano serem muito fracas. "A venda diária na primeira quinzena de fevereiro é sempre melhor por causa dessa base de comparação mais fraca."

Para Dubois, apesar do momento favorável, a indústria ainda não se sente segura para ampliar investimentos. "Não existe confiança de que o cenário se manterá no longo prazo."





Fonte: Folha de S.Paulo

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