Presidente decide manter Prodi como premiê na Itália
Prodi havia apresentado sua renúncia na última quarta-feira, depois que uma moção em apoio a política externa de seu governo foi rejeitada pelo Senado.
Diante da crise, a oposição liderada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi defendia a convocação de novas eleições e apostava nas chances de vitória.
Mas, após dois dias de negociação, os partidos da coalizão de centro-esquerda que governa a Itália chegaram a um acordo para convencer o presidente a manter Prodi no cargo de primeiro-ministro.
Instabilidade
Apesar do acordo, analistas avaliam que a estrutura da coalizão, com a presença de comunistas e grupos de esquerda radicais e moderados, mantém o governo sujeito a ondas de instabilidade.
Na votação do Senado que motivou a renúncia de Prodi, membros da coalizão rejeitaram o envio de 2 mil soldados ao Afeganistão e os planos de expansão de uma base aérea americana em Vicenza, no norte da Itália.
A moção rejeitada pelo Senado apresentava as diretrizes da política externa italiana e havia sido defendida em plenário pelo chanceler Massimo D'Alema antes da votação.
D'Alema havia dito que, apesar de não tratar-se de um voto formal confiança, o governo poderia renunciar se não conseguisse aprovar a proposta no Senado.
A proposta precisava de 160 votos para ser aprovada, mas apenas 158 senadores votaram a favor, e 136 votaram contra.
As chances de sucesso do governo foram derrubadas por dois senadores comunistas, que se rebelaram contra seus próprios partidos na votação.
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