Cargos federais serão prioridade

O deputado federal Carlos Abicalil (PT), coordenador da bancada de Mato Grosso, se reuniu ontem com o governador Blairo Maggi. “Vamos pela primeira vez analisar a questão dos cargos públicos de interesse de Mato Grosso em Brasília”, disse o governador. Ele confirmou para o próximo dia 5 uma reunião com os 11 parlamentares federais do Estado, coordenados por Abicalil.

O encontro de Maggi e Abicalil serviu para definir a pauta da reunião com a bancada. O petista defendeu indicações que não sejam do seu partido, o PT, como no caso de Luiz Antônio Pagot para a direção geral do Dnit, que foi indicado pelo governador Blairo Maggi, e a permanência de Rodrigo Figueiredo no Ministério das Cidades, onde este ano estarão alocados muitos recursos importantes para Mato Grosso e que foi indicado pelo PP, além da permanência do petista, Gilney Vianna no Ministério do Meio Ambiente, na Secretaria de Meio Ambiente.

“Aqui, o que vale é o interesse do nosso Estado e não o fato deste ou daquele ser de partido A ou B”, ponderou Abicalil, apontando que este será um dos principais assuntos a serem tratados pelos oito deputados federais e três senadores com o governador Blairo Maggi.

Maggi, por sua vez, disse que apenas conversou com o presidente Lula a respeito de cargos que seriam importantes para o Estado e sua economia, citando a Eletronorte, a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento e a Secretaria de Defesa Sanitária Animal. “Essas funções são muito importantes para Mato Grosso e para o Centro-Oeste, mas não tem que ser um indicado nosso, pode ser outro nome dentro de um consenso”, explicou ele, citando o caso do diretor de agronegócio do Banco do Brasil, Dercy Alcântara, que não foi indicado por ele e nem por outro governador, deputado ou senador, mas tem o consenso de todos. “A palavra-chave é consenso para beneficiar o Estado”, frisou Blairo Maggi.

Já o coordenador da bancada federal, Carlos Abicalil, disse acreditar na presença de todos os deputados federais e senadores no encontro com o governador, independente de cores partidárias, por causa de Mato Grosso e das facilidades que uma atuação conjunta poderá resultar para todos indistintamente. Para ele, outras funções na ADA – Agência de Desenvolvimento da Amazônia, na Caixa Econômica Federal e Basa também farão parte da pauta de discussões.