<b>Só em SP, polícia registra 3.150 casos de falso seqüestro</b>
De acordo com Sofner, as famílias devem estabelecer um canal de comunicação mais aberto entre seus membros. Todos devem estar cientes para onde cada um irá e por quanto tempo ficará fora. "Dessa forma, qualquer tipo de susto ou surpresa com um telefonema de supostos seqüestradores pode ser evitado". Segundo o capitão, os seqüestradores se utilizam principalmente do terrorismo psicológico.
As ligações dos falsos seqüestradores seguem um certo padrão. Elas geralmente são feitas a cobrar e provêm do Rio de Janeiro, de acordo com a polícia. Elas acabam durando mais que um minuto, ao contrário de um caso real do crime, já que esse é o tempo necessário para que a Polícia comece a rastrear a ligação.
Durante a ligação, no falso seqüestro, o criminoso tenta de todas as formas retirar informações com perguntas ocasionais, o que agrava o nervosismo e o abalo emocional da vítima. "O criminoso acaba reunindo dados que a própria vítima está fornecendo", ressaltou o capitão, e lembra que "o mais importante, numa situação dessas, é manter a calma, por mais que seja difícil".
A agenda de telefones do celular também é uma informação usada pelos criminosos para entrar em contato com as vítimas. Se a identificação do número vier acompanhada de um nome, principalmente relacionado a um grau de parentesco, "facilita muito para os golpistas ligarem e tentarem extorquir as vítimas", advertiu.
O capitão Sofner lembrou também que a maioria das ligações é aleatória. Se os golpistas percebem que a vítima é mulher e/ou de mais idade, enxergam aí a possibilidade de obter mais informações facilmente.
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