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Policia MT
Terça - 26 de Março de 2013 às 15:29
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews/Reprodução
O pistoleiro Andrezinho (detalhe) é fugitivo da PCE e acusado de tentar matar empresário
O pistoleiro Andrezinho (detalhe) é fugitivo da PCE e acusado de tentar matar empresário
Investigações da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) apontam que André de Souza Neves, o "Andrezinho", foragido da Penitenciária Central do Estado (PCE), é um dos pistoleiros acusados de tentar matar o empresários Valdinei Mauro de Souza.

 
 
Andrezinho, segundo denúncia do Ministério Público Estadual, teria sido contratado pelo empresário Filadelfo dos Reis Dias, do ramo de mineração, acusado de mandar matar o ex-sócio Valdinei de Souza. No momento da tentativa de assassinato, Wanderley Torres, dono da Construtora Trimec, estava na caminhonete do empresário. A tentativa de homicídio aconteceu em abril de 2012. 

 
 
André também utiliza os nomes de Begerson Carlos Pereira e Pedro de Oliveira Silva. A Polícia Civil suspeita que o criminoso possui envolvimento com uma facção criminosa de São Paulo. 

 
 
O segundo atirador, de acordo com as investigações da Polícia Civil, é Gelfe Rodrigues de Souza Júnior, que está preso desde outubro de 2012, na Penitenciária Central, por roubo praticado em maio do ano passado, na cidade de Tapurah (675 km ao Norte de Cuiabá). Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva. 

 
 
Conforme o MidiaNews informou, André Neves fugiu na semana passada da PCE, com outros cinco reeducandos da unidade prisional, localizada no bairro Paschoal Ramos.

 
 
A fuga só foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) na última quarta-feira (20). Acredita-se que os criminosos tenham escapado na madrugada de domingo (17). 

 
 
Agentes prisionais da PCE só perceberam a fuga na terça-feira (19), quando encontraram uma corda e grades serradas, no Raio 2 da unidade prisional. 

 
 
Durante entrevista coletiva, o diretor da unidade prisional, Kleiton Aires, não descartou a possibilidade de agentes prisionais terem facilitado a ação.

 
 
Executores “mercenários” 



 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra Filadelfo dos Reis Dias e e seu empregado, Marcelo Massaru Takahashi. 

 
 
Eles foram presos no domingo (24), mas foram libertados na segunda-feira (25), graças a um habeas corpus concedido pela desembargadora Maria Helena Póvoas. Os dois são apontados como mandantes da tentativa de duplo assassinato.

 
 
As investigações apontam que Filadelfo e Marcelo teriam contratado para executarem o crime João Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior e André de Souza Neves, também denunciados.

 
Segundo as investigações da Derf, os dois - André e Gelfe - são apontados como os autores dos 23 disparos feitos contra a caminhonete Toyota Hilux blindada do empresário Valdinei de Souza.

 
 
“Tendo ficado acertado que a ação criminosa deveria ser empreendida de modo a parecer se tratar de mero crime contra o patrimônio seguido de morte – um homicídio mercenário”, diz trecho da denúncia. 

 
 
Tiroteio na fazenda

 
 
Segundo relatou o Gaeco, a poucos metros da entrada da fazenda, na zona rural de Várzea Grande, os indiciados se depararam com as vítimas chegando em um veículo Toyota Hilux, de cor preta, que era dirigido por Valdinei e tinha Wanderley como carona. 

 
 
"Após passarem pelo veículo Hilux, percebendo tratar-se das vítimas, os indiciados manobraram o veículo em que estavam e seguiram a caminhonete até a entrada da fazenda. Consta nos autos que, já na entrada da propriedade, os indiciados fecharam a passagem da Hilux e desceram do carro, ordenando que as vítimas descessem do veículo, o que não foi atendido por elas. Diante disso, os indiciados iniciaram a desferir uma sequência de tiros no veículo das vítimas, contudo, em razão da blindagem, elas não foram atingidas, instante em que rapidamente manobraram o automóvel e lograram em evadirem-se do local sem ferimentos", relataram os promotores.
 
Segundo o Gaeco, o crime de homicídio somente não foi consumado pelo bando em razão da blindagem do veículo Hilux, que havia sido adquirido por Valdinei, diante de ameaças anteriores feitas por Filadelfo. 

 
 
Segundo os promotores, os executores do delito foram todos reconhecidos pelas vítimas. 

 

Cobiça por ouro

 
 
Segundo o Gaeco, a motivação dos crimes seria uma desavença comercial envolvendo as vítimas e Filadelfo, referente à aquisição da Fazenda Ajuricaba, propriedade rural com alto potencial aurífero, localizada em Várzea Grande.

 
 
Os promotores de Justiça Samuel Frungilo, Luciano Freiria de Oliveira, Marco Aurélio de Castro, Arnaldo Justino da Silva e Sérgio Silva da Costa denunciaram todos os indiciados, por duas vezes, pelos crimes de homicídio - por motivo torpe e mediante paga ou promessa de recompensa -, com emprego de armas, concurso de agentes e restrição de liberdade das vítimas. 



 
Foram indiciados: Filadelfo dos Reis Dias, Marcelo Massaru Takahashi, João Paulo Pereira, Ailson Dias da Paz, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior e André de Souza Neves.
 
 
Também foi requerida a prisão preventiva de todos os acusados. 





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