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Copa 2014
Terça - 26 de Março de 2013 às 07:26
Por: PRISCILLA VILELA

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O senador Blairo Maggi se diz preocupado, mas vê em Cuiabá os mesmos problemas de outras cidades-sedes
O senador Blairo Maggi se diz preocupado, mas vê em Cuiabá os mesmos problemas de outras cidades-sedes
O atraso nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá parece já estar incomodando o senador e ex-governador Blairo Maggi (PR). Protagonista da ação que trouxe o evento para a Capital, o congressista avalia que o andamento das construções ainda está aquém do desejado e defende a necessidade de até quatro turnos para dar um salto de adiantamento. 

Reticente em avaliar a atuação do governador Silval Barbosa (PMDB) à frente da administração das obras visando ao Mundial, Maggi diz que ao andar pela capital consegue perceber retardo das obras, mas que entende que a burocracia para dar prosseguimento aos projetos travou o início. Argumenta ainda que em todas as capitais que sediaram os jogos, o mesmo atraso pode ser observado. 

“Andando na cidade, entendo que as obras estão um pouco atrasadas, ou pelo menos deveriam estar mais adiantadas. Mas é a situação que nós encontramos neste momento e temos todos nós que trabalhar daqui pra frente para acelerar isso. E o que a gente vê na cidade de Cuiabá se vê em outras cidades também. Temos os mesmo problemas, teve muito atraso no início”, pondera. 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou em relatório que de 24 obras necessárias para a Copa, 21 estão atrasadas entre 30 e 264 dias, sendo que, deste total, dez ainda nem foram iniciadas. Essas construções têm um custo de mais de R$ 2 bilhões para o Estado. Para a execução delas, o Executivo contraiu empréstimos no valor de R$ 1.575.572.860 a serem pagos num prazo de 6 a 30 anos. 

Na primeira avaliação dos auditores foi constatada que a Arena Pantanal estava num ritmo devagar e que corria sérios riscos no cumprimento de prazo. Contudo, o governador argumentou que o modo de registro de contagem do TCE era diferente e que não levava em conta que várias das peças necessárias para montagem já chegavam semiprontas, e que, portanto, a contabilidade de atraso não era correta. 

Apesar de todas as constatações, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) continua a defender que o que ocorre em Cuiabá são demoras pontuais, ocorridas principalmente por conta das conhecidas constantes chuvas do início do ano, que dificultam a realização dos trabalhos. Entretanto, o governo defende que tudo será entregue a tempo da realização do evento. 

Ainda neste ano, todas as obras devem estar prontas, caso seja atendido o cronograma, com exceção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está previsto para ser entregue somente no ano que vem. Este, todavia, mesmo para seus ferrenhos defensores, já é cogitado para ser concluído apenas após a Copa. 





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