Consumo de energia elétrica é o 2º pior desde 1997
Mas a perspectiva de aumento no consumo deve mudar em março, quando diretores da empresa se reunirão com representantes das principais classes consumidoras, onde os empresários deverão apresentar as expectativas de crescimento em 2007. Essa é uma das variáveis em que os técnicos da Cemat se apóiam ao calcular os prognósticos, assim como a temperatura, a renda do trabalhador, Produto Interno Bruto (PIB), cotação do dólar e a série histórica.
De acordo com o vice-presidente de Operações da Cemat, Arlindo Napolitano, que assumiu o cargo em outubro do ano passado, a crise do agronegócio foi o principal fator para a queda de consumo em 2006. O primeiro trimestre começou bem, com projeções de alta de 7,37%. Mas de abril a julho houve retrações mensais de 2,19%, 7,79%, 4,46% e 6,76%, derrubando as chances de elevação do consumo. A empresa foi obrigada a rever outras 2 vezes as projeções de crescimento.
Categorias - "A partir de agosto, a indústria e o comércio reagiram. O consumo rural só apresentou recuperação em outubro. Além disso, o forte calor também foi fundamental para fechar o segundo semestre com aumento de 5,44%", analisa a gerente de Assuntos de Mercado da Cemat, Mirian de Lourdes Gomes.
O setor rural, que responde por 9,42% do fornecimento de energia elétrica, cresceu 0,57% em 2006, aquém dos resultados em 2003, quando registrou 31,87% de aumento. Dentro desta classe, o campeão em queda foi o segmento de irrigação rural, com recuo de 31,23%. Para este ano, a Cemat espera incremento de 4,19% no consumo do setor.
A indústria teve aumento de 1,33% no consumo, com destaque para a produção de alimentos, com acréscimo de 7,30% no consumo. O segmento responde por 62,5% da energia elétrica consumida pela indústria de transformação que, por conseguinte, detém 92,2% do insumo utilizado pela atividade industrial.
Já no comércio, onde a alta registrada foi de 1,22%, os escritórios de gerência e administração consumiram 15,93% a mais de energia do que em 2005, contudo, a participação desses consumidores é de 4% do total utilizado pelo comércio.
O consumo na classe residencial apresentou aumento de 2,65%. Esta é a principal unidade consumidora de energia elétrica com 30,23% de participação no total fornecido pela Cemat. Para 2007, a expectativa é de incremento de 2,96% no uso do produto.
A Cemat voltou a divulgar os balanços pelas perspectivas positivas de recuperação. A empresa havia parado de apresentar os dados, a fim de evitar que números negativos pudessem criar um clima ainda mais negativo durante o período da crise, afetando os negócios da concessionária.
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