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Ato de partidários de Correa amplia crise política
Seguidores do presidente do Equador, Rafael Correa, fecharam na segunda-feira o gabinete do procurador-geral em protesto contra o novo ocupante do cargo, indicado pelo Congresso, agravando a crise entre Executivo e Legislativo.
O Congresso, onde Correa tem pouco apoio, indicou na semana passada Francisco Cucalón como procurador-geral, com mandato de seis anos. Cucalón é um advogado ligado a Álvaro Noboa, o homem mais rico do país, derrotado pelo nacionalista Correa nas eleições presidenciais de novembro.
Correa diz que a nomeação é inconstitucional e argumenta que o Congresso deveria fazer a escolha com base em uma lista aprovada por um conselho independente de juízes. O presidente e seu ministro do Interior, Gustavo Larrea, ameaçaram retirar o novo procurador-geral à força se o Congresso ignorar a lista aprovada.
A nomeação de Cucalón provocou protestos imediatos em Quito, e trouxe lembranças de outras grandes crises políticas do país. onde três presidentes foram derrubados por rebeliões populares em uma década.
Gritando e agitando bandeiras, dezenas de manifestantes bloquearam na segunda-feira a entrada da procuradoria. O mesmo aconteceu na representação do procurador-geral na cidade litorânea de Guayaquil.
Correa, considerado parte do grupo esquerdista do continente comandado pelo venezuelano Hugo Chávez, promete convocar uma Constituinte para, entre outras coisas, eliminar a influência política sobre o Judiciário. Muitos parlamentares são contra.
"As forças públicas de segurança não foram necessárias, os protestos mostram o descontentamento popular com a nomeação, mas ainda não descartamos o uso das forças públicas", disse Larrea a uma TV local.
Segundo a oposição, a nomeação foi constitucional. O novo procurador-geral disse que não vai desistir do cargo.
O Equador estava sem procurador-geral desde fevereiro de 2005, quando o governo do então presidente Lucio Gutiérrez enfrentava uma crise política que meses depois o derrubaria. Críticos acusavam Gutiérrez de interferência indevida sobre a Suprema Corte.
(Por Alexandra Valencia)
O Congresso, onde Correa tem pouco apoio, indicou na semana passada Francisco Cucalón como procurador-geral, com mandato de seis anos. Cucalón é um advogado ligado a Álvaro Noboa, o homem mais rico do país, derrotado pelo nacionalista Correa nas eleições presidenciais de novembro.
Correa diz que a nomeação é inconstitucional e argumenta que o Congresso deveria fazer a escolha com base em uma lista aprovada por um conselho independente de juízes. O presidente e seu ministro do Interior, Gustavo Larrea, ameaçaram retirar o novo procurador-geral à força se o Congresso ignorar a lista aprovada.
A nomeação de Cucalón provocou protestos imediatos em Quito, e trouxe lembranças de outras grandes crises políticas do país. onde três presidentes foram derrubados por rebeliões populares em uma década.
Gritando e agitando bandeiras, dezenas de manifestantes bloquearam na segunda-feira a entrada da procuradoria. O mesmo aconteceu na representação do procurador-geral na cidade litorânea de Guayaquil.
Correa, considerado parte do grupo esquerdista do continente comandado pelo venezuelano Hugo Chávez, promete convocar uma Constituinte para, entre outras coisas, eliminar a influência política sobre o Judiciário. Muitos parlamentares são contra.
"As forças públicas de segurança não foram necessárias, os protestos mostram o descontentamento popular com a nomeação, mas ainda não descartamos o uso das forças públicas", disse Larrea a uma TV local.
Segundo a oposição, a nomeação foi constitucional. O novo procurador-geral disse que não vai desistir do cargo.
O Equador estava sem procurador-geral desde fevereiro de 2005, quando o governo do então presidente Lucio Gutiérrez enfrentava uma crise política que meses depois o derrubaria. Críticos acusavam Gutiérrez de interferência indevida sobre a Suprema Corte.
(Por Alexandra Valencia)
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/246634/visualizar/
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