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Agronegócios
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 10:09

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Nem mesmo a redução na área plantada desanima os produtores de soja do sul de Mato Grosso. Os agricultores esperam melhores resultados para compensar as perdas da safra passada.

A área de cultivo da soja nesta safra reduziu pelo menos 1,6 milhão de hectares em todo o Brasil. Mato Grosso, o maior produtor do grão, plantou 15% a menos. Apesar da redução, as expectativas são boas, já que a produtividade deve aumentar: as condições climáticas têm se mostrado favoráveis.

O técnico em agropecuária Reginaldo Costa explica a diferença entre a safra deste ano e a passada. "[A principal diferença] é em termos de doença, principalmente ferrugem. No ano passado nessa época já estavam bem complicadas as coisas. Esse ano, por enqüanto, está bem tranqüilo".

O consultor Wilson Bezerra acredita que nesse ano vários fatores tendem a oferecer negócios mais atrativos aos sojicultores. "O câmbio se mantém estável desde a época do plantio, setembro, outubro e novembro do ano passado, e hoje nós temos um câmbio de R$2,15, que está se mantendo. Isso é favorável ao produtor para comercialização. Outro ponto favorável é que quando o produtor, na época do plantio, em setembro, outubro e novembro, o mercado estava trabalhando em torno de US$5,60, US$5,80 e hoje nós estamos com o mercado trabalhando em torno de US$7 por buxo".

O agricultor Adílson Mastelaro já vendeu cerca de 40% da produção no mercado futuro, com preço médio de US$11 a saca de 60 quilos. O valor não é alto, mas garante os custos.

Para escoar o grãos, os agricultores não devem ter encargos maiores do que na safra passada. Segundo a Associação dos Transportadores de Carga, o preço do frete para os portos de Santos e Paranaguá, os principais destinos da soja de Mato Grosso, não devem ter reajuste. "Nós trabalhamos com uma expectativa diferente em relação ao ano passado. Nós tivemos vários intempéries, vários bloqueios indígenas, bloqueios de sem-terras e o mais agravante, que acabou complicando todas as planilhas de custos e faturamentos das empresas que foi a paralisação dos produtores rurais", disse Miguel Mendes, gerente executivo da ATC.

De acordo com a Associação dos Produtores de Soja, mesmo se as perspectivas do campo e do mercado se concretizarem, este ainda não é o fim dos problemas da agricultura. Ainda serão necessárias outras safras com bons números, para que a sojicultores voltem a fazer investimentos.

"Não existe uma negociação definitiva das dívidas [privadas]. Isso é extremamente necessário e com essa mudança de tendência, o produtor, gradativamente, vai conseguindo colocar os negócios em dia", explicou Ricardo Tomczyk, diretor administrativo da Aprosoja.

Mesmo precisando de um tempo maior para os produtores voltarem a fazer investimentos, o secretário municipal de agricultura de Rondonópolis, Adão Hipólito da Silva, espera que os reflexos da boa safra apareçam em breve. "O comércio reanima, há geração de emprego. Nós somos a cidade pólo de uma região muito produtora, então a retomara da capacidade do produtor de planatr novamente, de ter perspectiva de médio prazo, é bom. Isso é excelente pra cidade".





Fonte: TV Centro América

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