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Agronegócios
Terça - 16 de Janeiro de 2007 às 14:12
Por: Fabíola Cunha

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Com o final do mandato de deputado estadual pelo PFL e a saída da presidência da Assembléia Legislativa, Zeca D’Ávila deve intensificar neste ano sua atuação como presidente do Fundo Estadual de Febre Aftosa (Fefa), que reúne produtores, frigoríficos e empresas de leilões de gado na formação de um fundo financeiro para garantir a proteção do rebanho bovino em caso de surto. Hoje Mato Grosso completa 11 anos sem a doença.

No entanto, o valor arrecadado pelo Fefa tem sido utilizado para realizar atividades de manutenção e prevenção que competiriam aos órgãos estaduais e federais. Além das costumeiras palestras, reuniões e divulgação nos períodos de vacinação, o Fefa acaba financiando a contratação de técnicos, veterinários e fiscais, a compra de veículos e equipamentos.

Em 2006, foram cerca de R$ 3 milhões investidos pelo Fefa, uma parcela ínfima destinada às áreas que são da competência do Fefa e o restante em itens de responsabilidade do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), por exemplo: “Não deveríamos, mas se alguém da União Européia precisa vir aqui, pagamos o transporte até uma área mais remota; se precisam de fiscal na fronteira com Mato Grosso do Sul e não tem concurso do Estado, contratamos”, exemplificou D’Ávila. O Fefa destina hoje cerca de 90% de seus recursos à aftosa, mas pretende expandir a atuação para prevenção da brucelose.

Com o maior rebanho do país, o estado deve ao esforço conjunto dos pecuaristas em vacinar todo o rebanho a não incidência da febre aftosa. Para o deputado, o trabalho dos governos estadual e federal não teria o mesmo efeito se os produtores não se conscientizassem da importância de imunizar as cerca de 44 milhões de cabeças existentes no Estado – o índice de vacinação está, atualmente, em 95 % do total.

Uma das principais pendências relacionadas ao mercado bovino em Mato Grosso, segundo o deputado, é a habilitação das faixas ao sul e ao norte do Estado pela Organização Internacional de Epizootias - entidade responsável pelas questões de sanidade animal no âmbito internacional – para exportação. Com focos registrados no Pará e em Mato Grosso do Sul recentemente, as regiões fronteiriças acabam sendo incluídas no bloqueio: “O governo federal tem obrigação de mostrar que Mato Grosso tem esse tempo todo sem aftosa”, disse D'Ávila.

O alcance da vacinação em Mato Grosso encontra obstáculos apenas em locais onde a extensão da propriedade é muito grande, como no Pantanal, ou em aldeias indígenas e assentamentos de sem-terra. Nas duas primeiras caberia à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) incentivar e promover a imunização dos rebanhos pertencentes a pequenos criadores sem recursos.

No início de março, D’Ávila participa de uma reunião em Caracas, Venezuela, sobre o combate à febre aftosa, com representantes do poder público e setores privados.





Fonte: Olhar Direto

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