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Meio Ambiente
Sábado - 23 de Março de 2013 às 11:14
Por: Eduardo Carvalho

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Rios e córregos

      
       Município


Qualidade

Rio Itanháem

Itanhaem (SP)

Regular

Rio Santo Amaro

Guarujá (SP)

Regular

Córrego Outeiro

São Sebastião (SP)

Ruim

Rio Una

Cabo Frio (RJ)

Regular

Rio Capivari

Silva Jardim (RJ)

Regular

Rio Bengalas

Nova Friburgo (RJ)

Regular

Rio Paquequer

Teresópolis (RJ)

Ruim

Rio Grande

Rio de Janeiro (RJ)

Ruim

Rio dos Macacos

Rio de Janeiro (RJ)

Regular

Rio Paraíba do Sul

Volta Redonda (RJ)

Ruim

Rio Cubatão

Cubatão (SP)

Ruim

Córrego dos Cubas

Guarulhos (SP)

Regular

Rio Bussocaba

Osasco (SP)

Ruim

Rio dos Macacos

Rio de Janeiro (RJ)

Regular

Rio Cocó

Fortaleza (CE)

Regular

Rio Maranguapinho

Fortaleza (CE)

Regular

Rio Potengi

Natal (RN)

Regular

Rio Pitimbu

Natal (RN)

Ruim

Rio Sanhauá

João Pessoa (PB)

Regular

Rio Cuiá

João Pessoa (PB)

Regular

Rio Capibaribe

Recife (PE)

Ruim

Açude do Prata

Recife (PE)

Regular

Rio Salgadinho

Maceió (AL)

Ruim

Rio Pratagy

Maceió (AL)

Regular

Rio Poxim

Aracaju (SE)

Regular

Rio Vaza-Barris

Aracaju (SE)

Regular

Rio Buranhém

Porto Seguro (BA)

Regular

Rio da Vila

Porto Seguro (BA)

Regular

Rio Jaguaribe

Salvador (BA)

Regular

Rio Pituaçu

Salvador (BA)

Regular

Avaliação feita em 30 rios, córregos e um açude, distribuídos por nove estados, indica que a qualidade da água de 70% dos locais analisados é regular e os 30% restantes tem nível ruim.

Nenhum dos pontos de coleta conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis bom ou ótimo, de acordo com a análise feita pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica, divulgada na véspera do Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta-feira (22).

De acordo com a ONG, 27 rios, dois córregos e um açude foram analisados entre janeiro e dezembro do ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Destes corpos d’água, 26 foram verificados pela primeira vez.

Segundo o estudo, nove rios tiveram a qualidade da água classificada como ruim.

Entre eles está o trecho do Paraíba do Sul que passa por Volta Redonda (RJ), o Capibaribe, no Recife, e o Cubatão, localizado na cidade de mesmo nome, na Baixada Santista (SP).

Entre os que foram classificados com a qualidade regular estão os rios Jaguaribe, em Salvador (BA), Macacos, no Rio de Janeiro (RJ), Potengi, em Natal (RN) e Maranguapinho, em Fortaleza (CE).

As análises que melhor tiveram resultado foram as do Rio Vaza-Barris, em Aracajú (SE) e do Rio Pratagy, em Maceió (AL) -- apesar de terem sido classificadas como regulares.

Segundo Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Rede das Águas, o monitoramento indica que os rios das grandes cidades brasileiras estão com “a qualidade bem longe do ideal” e serve de alerta para que “as pessoas fiquem atentas e cobrem do poder público ações para transformar essa realidade”.

Qualidade das águas no Brasil
Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.

De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011 pela Agência Nacional de Águas (ANA), o país coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano.

Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema, não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.

Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e Maranhão não verificam os dados.

O governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios, nascentes e reservatórios.

Investimentos
Nesta quinta-feira (21), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que serão liberados R$ 100 milhões ao longo de cinco anos para ajudar os estados a adotarem medidas para gestão de seus recursos hídricos.

O objetivo, disse a ministra, é incentivar o fortalecimento dos Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, “desde sofisticar a medição e a qualidade de dados, como contratar gente, ajudar os estados a contratar pessoal especializado”.

Segundo informou o presidente da ANA, Vicente Andreu, os recursos serão disponibilizados mediante o cumprimento de metas por parte do estado. “A ideia é construir um sistema nacional para a governança eficaz dos recursos hídricos que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade, no futuro, em todo o território nacional”, comentou.

Águas subterrâneas
Existe ainda a preocupação com as águas subterrâneas, que começaram a ser analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos industriais.

Em 2011, a União liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste. Os estudos ainda não foram concluídos.

Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.

Rio Pratagy, em Maceió (AL) foi considerado regular pela análise feita pela ONG SOS Mata Atlântica (Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica)




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