Maggi diz que deve se filiar ao PR

O governador Blairo Maggi afirmou ontem que irá definir, na próxima semana, o partido em que irá se filiar junto com o seu grupo político, composto de prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais. "Até o final da semana vou definir o partido", assegurou, observando que, antes, pretende manter uma conversação com o presidente Lula sobre a sua decisão.

"É importante ter o aval do presidente da República", acrescentou o secretário de Educação, Luiz Antônio Pagot, um dos coordenadores políticos do governo. Blairo Maggi disse que não tem preferência entre o Partido Republicano e o PSB e nem tendência para aderir a um ou outro partido. "Se eu revelar a tendência, vou estar, em consequência, revelando o partido".

Ele afirmou que vem mantendo contato com os dirigentes do PR e do PSB, mas que ainda falta definir alguns detalhes para tomar a decisão. Blairo Maggi acredita que irá fechar o entendimento até o início da próxima semana para, depois, reunir o seu grupo político e avaliar que irá acompanhá-lo para nova legenda.

Ontem, ao receber alguns deputados no Palácio Paiaguás, o governador admitiu que está praticamente fechado a sua filiação no PR. Ele explicou aos parlamentares, o que disse na entrevista, que "falta apenas acertar alguns detalhes".

Além do seu grupo político no Estado, Blairo Maggi irá ingressar no Partido Republicano acompanhado do governador de Rondônia, Ivo Cassol, e de alguns parlamentares federais de outros estados que também estão insatisfeitos com a direção nacional do PPS. "È possível que dois a três deputados federais, de Minas e do Paraná, estejam acompanhando o governador", informou um assessor. Dessa forma, Maggi se tornará umas das principais lideranças do PR, junto com o senador eleito do Amazonas, Alfredo Nascimento, o que não acontecerá se optar pelo PSB. O governador mato-grossense passaria, então, a ter uma maior inserção nacional e consolidaria a posição de interlocutor privilegiado do presidente Lula.