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Copa 2014
Sexta - 22 de Março de 2013 às 10:39
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Edson Rodrigues/Secopa
Montagem de viaduto na Avenida Fernando Correa, no trevo da Universidade Federal
Montagem de viaduto na Avenida Fernando Correa, no trevo da Universidade Federal
Os 100 km de trilhos necessários para a operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começarão a ser entregues na Grande Cuiabá apenas no mês de junho. A informação foi dada pelo gerente do Consórcio VLT Cuiabá, Fernando Orsini, durante entrevista especial concedida à TV Record (Canal 10), na quarta-feira (20).
 
O cronograma apresenta um atraso de cinco meses em relação ao que foi divulgado pelo secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, em entrevista concedida ao MidiaNews em dezembro do ano passado. 
 
Na ocasião, o gestor afirmou que o material começaria a ser entregue na Grande Cuiabá em janeiro deste ano.
 
" A população pode ficar tranquila. Quem tem que ficar intranquilo somos nós" Segundo Orsini, os trilhos – que estão sendo construídos na Espanha e na Polônia – passarão a ser assentados imediatamente após a chegada do material aos canteiros de obras, e não há possibilidade de atrasos na entrega da obra – agendado para 13 de março de 2014.
 
Já os 40 vagões que irão transportar os cuiabanos tiveram a data de entrega mantida. Os carros estão sendo construídos na Espanha e devem começar a ser entregues em agosto deste ano.
 
De acordo com o gerente, duas composições – formadas por sete vagões cada – serão as primeiras a chegar.
 
“Já estamos acertando também neste caso a parte logística, de como este material será transportado, mas nada que preocupe”, disse.
 
Andamento da obra
 
Orsini contestou ainda, durante a entrevista, os números divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) quanto ao andamento das obras do VLT na Grande Cuiabá.
 
O relatório do órgão, que tem como referência o mês de janeiro deste ano, aponta que apenas 5% das obras já foram executadas e que o cronograma apresenta um atraso de 180 dias – o que inviabilizaria sua entrega em março de 2014.
 
O gerente garantiu que a obra já possui 20% dos trabalhos concluídos, entrando nesse cálculo não apenas as obras físicas, mas também todo o sistema operacional para a implantação do sistema.
 
"Teremos interdições totais pontuais, por conta das obras de drenagem e rede coletora de esgoto" “Quando se fala nesse percentual, temos que dizer que a obra não significa apenas o que é visível, mas todo um sistema interno. A população pode ficar tranquila. Quem tem que ficar intranquilo somos nós”, afirmou.
 
Orsini afirmou ainda que, após a entrega no prazo, o Estado terá três meses para realizar os testes nas duas cidades, antes da operação plena de todo o sistema, durante a Copa do Mundo. O Mundial acontece nos meses de junho e julho de 2014.

Implantação
 
Segundo o engenheiro, as avenidas onde os trilhos serão instalados – João Ponce de Arruda, FEB, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente-Coronel Duarte, XV de Novembro e Fernando Corrêa da Costa – sofrerão interdições totais apenas em alguns pontos. 
 
Ele explicou que a intenção é manter o tráfego de veículos liberado em um dos sentidos dessas avenidas.
 
“Teremos interdições totais pontuais, por conta das obras de drenagem e rede coletora de esgoto”, disse.
 
Interdições
 
Várzea Grande deverá sofrer uma nova interdição no trânsito a partir desta quinta-feira (21); desta vez, ao longo da Avenida João de Arruda, que passa em frente ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
 
"A obra não significa apenas o que é visível, mas todo um sistema interno" A via ganhará novos desvios que levarão os motoristas até à trincheira do Km Zero – região que já está interditada, por conta das obras da trincheira prevista no pacote de obras do VLT.
 
Segundo o engenheiro, dentro de aproximadamente 15 dias, mais trechos da Avenida da FEB serão bloqueados parcialmente para dar prosseguimento à obra, culminando nas interdições já anunciadas das avenida XV de Novembro e Tenente Coronel Duarte (Prainha), em Cuiabá.
 
Orsini salientou que a única a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) é a única via que não deverá sofrer novas interdições, uma vez que possui um canteiro central largo o suficiente para o andamento da obra.
 
Operação do VLT
 
O metrô de superfície percorrerá 22,2 km, divididos em dois eixos.
 
O Eixo 1, que ligará a região do CPA, em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, terá 15 km. Esse trajeto contará ainda com dois terminais de integração (CPA e André Maggi).
 
Já o Eixo 2, que fará a ligação entre o Centro e a região do Coxipó, terá 7,2 km, com um terminal de integração no Coxipó.
 
O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande, e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
 
Nessas vias serão construídas 33 estações (22 no Eixo 1 e 11 no Eixo 2), bem como três terminais de integração e obras de arte (viadutos, pontes ou trincheiras), necessárias para implantação do modal.
 
O consórcio VLT Cuiabá – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – é responsável pela execução da obra, orçada em R$ 1,47 bilhão.





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