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RJ: presos por atear fogo em ônibus já eram investigados
O delegado Rafael Willis, da 22ª DP do Rio de Janeiro, descreve os três indiciados como "homens que fazem do crime profissão, não tendo o menor respeito pela vida humana". Um relatório de cinco páginas fala sobre o passado violento do trio preso sob acusação de ter integrado o grupo de 15 bandidos que, dia 28, incendiou dois ônibus da Viação Itapemirim. Num deles, sete pessoas morreram carbonizadas na hora e a oitava, dias depois, devido às queimaduras.
No dia dos ataques, um dos três - Ézio Guilherme de Oliveira, o Gugu, 24 anos - era foragido da Justiça havia uma semana. Dia 21, teve prisão decretada pela 4ª Vara Criminal de Caxias pelo assassinato de um policial militar, em agosto. Presos pela PM horas depois do incêndio ao ônibus, na descida da Cidade Alta - conjunto habitacional dominado pelo Comando Vermelho que fica a poucos metros do local -, eles foram reconhecidos por testemunhas. Mas Ézio, Cléber de Carvalho Fonseca, o Scooby Doo, 23, e Graciel Maurício do Nascimento, 18, já são velhos conhecidos da polícia.
Comando de 'bocas' Os três são vizinhos no bairro pobre e violento de Nova Campina, em Imbariê, Duque de Caxias. Segundo moradores, eles comandariam boca-de-fumo no local. Na 62ª DP (Imbariê), as fichas criminais deles confirmam as suspeitas. Ézio, ou Gugu, como é conhecido onde morava, é apontado como um dos quatro integrantes do bando que, no dia 20 de agosto, executou o soldado Kennedy de Almeida, lotado no Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE).
As investigações da Polícia Civil revelam que Ézio e Thiago de Souza Ramos, o TH (já preso), Ricardo Guedes Vasconcellos, o Buiú, e outro bandido conhecido apenas como Machola armaram uma emboscada contra o PM, que, como vizinho de bairro, tentava impedir a ação dos traficantes na região. Por volta de meio-dia daquele domingo, eles pararam uma moto e um Vectra na rua 6, próximo ao número 979, para atacar.
Quando o policial saiu de casa, os bandidos começaram a atirar. Kennedy ainda tentou fugir, se escondeu na casa de um vizinho, mas acabou executado. "Quando eles levavam o corpo para colocar no porta-malas do carro e depois esquartejar, uma viatura do 15º BPM (Caxias) chegou. Houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram fugir", explica um investigador da 62ª DP.
Atentado na baixada Graciel, o terceiro preso, só teve uma passagem pela polícia, em 19 de novembro, quando foi detido pela PM na saída da Favela Nova Holanda, Complexo da Maré, com 17 papelotes de cocaína. Autuado na 21ª DP (Bonsucesso) como usuário, acabou liberado. Dessa vez, além de ser preso perto do local do crime, foi reconhecido por testemunha como autor de outro ataque a ônibus, ocorrido na véspera, dia 27, em Duque de Caxias.
Os três negam envolvimento no ataque em Cordovil. Mas a alegação de que as ruas da Cidade Alta estavam sujas não foi suficiente para explicar por que os três tinham fuligem nas mãos e pés. "Desde a Idade da Pedra o ser humano é bípede. Portanto, não haveria motivos para as mãos também terem se sujado na rua", relatou o delegado Willis.
As investigações do atentado deverão ser repassadas à 38ª DP (Brás de Pina), para que outros 12 autores do ataque, além do mentor, sejam identificados. O tráfico na Cidade Alta é controlado pelo traficante Mineiro, auxiliado por bandido identificado como Rato.
Soldado sobrevive a ataque Na investigação, o nome de Scooby Doo também foi citado, mas a polícia não conseguiu reunir provas de que ele também estivesse na ação. A 62ª DP também investiga a participação de Ézio em outro atentado. Em 5 de novembro, no Jardim Anhangá, ele e mais dois bandidos conhecidos como Papel e Chambinho teriam disparado várias vezes contra o Palio de um soldado do Corpo de Bombeiros, que chegava em casa. Por sorte, a vítima levou um tiro na mão e conseguiu escapar.
Após o ataque ao ônibus em Cordovil, um dos sobreviventes reconheceu Ézio na 22ª DP. Já Cléber, o Scooby Doo, foi reconhecido por um outro ataque na mesma noite de terror. Ele estaria dentro de uma Kombi e teria atirado contra um posto de gasolina na Penha.
Em sua ficha, também já constava uma anotação por tráfico de drogas, em 13 de agosto de 2003, quando foi preso em Campos Elíseos.
No dia dos ataques, um dos três - Ézio Guilherme de Oliveira, o Gugu, 24 anos - era foragido da Justiça havia uma semana. Dia 21, teve prisão decretada pela 4ª Vara Criminal de Caxias pelo assassinato de um policial militar, em agosto. Presos pela PM horas depois do incêndio ao ônibus, na descida da Cidade Alta - conjunto habitacional dominado pelo Comando Vermelho que fica a poucos metros do local -, eles foram reconhecidos por testemunhas. Mas Ézio, Cléber de Carvalho Fonseca, o Scooby Doo, 23, e Graciel Maurício do Nascimento, 18, já são velhos conhecidos da polícia.
Comando de 'bocas' Os três são vizinhos no bairro pobre e violento de Nova Campina, em Imbariê, Duque de Caxias. Segundo moradores, eles comandariam boca-de-fumo no local. Na 62ª DP (Imbariê), as fichas criminais deles confirmam as suspeitas. Ézio, ou Gugu, como é conhecido onde morava, é apontado como um dos quatro integrantes do bando que, no dia 20 de agosto, executou o soldado Kennedy de Almeida, lotado no Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE).
As investigações da Polícia Civil revelam que Ézio e Thiago de Souza Ramos, o TH (já preso), Ricardo Guedes Vasconcellos, o Buiú, e outro bandido conhecido apenas como Machola armaram uma emboscada contra o PM, que, como vizinho de bairro, tentava impedir a ação dos traficantes na região. Por volta de meio-dia daquele domingo, eles pararam uma moto e um Vectra na rua 6, próximo ao número 979, para atacar.
Quando o policial saiu de casa, os bandidos começaram a atirar. Kennedy ainda tentou fugir, se escondeu na casa de um vizinho, mas acabou executado. "Quando eles levavam o corpo para colocar no porta-malas do carro e depois esquartejar, uma viatura do 15º BPM (Caxias) chegou. Houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram fugir", explica um investigador da 62ª DP.
Atentado na baixada Graciel, o terceiro preso, só teve uma passagem pela polícia, em 19 de novembro, quando foi detido pela PM na saída da Favela Nova Holanda, Complexo da Maré, com 17 papelotes de cocaína. Autuado na 21ª DP (Bonsucesso) como usuário, acabou liberado. Dessa vez, além de ser preso perto do local do crime, foi reconhecido por testemunha como autor de outro ataque a ônibus, ocorrido na véspera, dia 27, em Duque de Caxias.
Os três negam envolvimento no ataque em Cordovil. Mas a alegação de que as ruas da Cidade Alta estavam sujas não foi suficiente para explicar por que os três tinham fuligem nas mãos e pés. "Desde a Idade da Pedra o ser humano é bípede. Portanto, não haveria motivos para as mãos também terem se sujado na rua", relatou o delegado Willis.
As investigações do atentado deverão ser repassadas à 38ª DP (Brás de Pina), para que outros 12 autores do ataque, além do mentor, sejam identificados. O tráfico na Cidade Alta é controlado pelo traficante Mineiro, auxiliado por bandido identificado como Rato.
Soldado sobrevive a ataque Na investigação, o nome de Scooby Doo também foi citado, mas a polícia não conseguiu reunir provas de que ele também estivesse na ação. A 62ª DP também investiga a participação de Ézio em outro atentado. Em 5 de novembro, no Jardim Anhangá, ele e mais dois bandidos conhecidos como Papel e Chambinho teriam disparado várias vezes contra o Palio de um soldado do Corpo de Bombeiros, que chegava em casa. Por sorte, a vítima levou um tiro na mão e conseguiu escapar.
Após o ataque ao ônibus em Cordovil, um dos sobreviventes reconheceu Ézio na 22ª DP. Já Cléber, o Scooby Doo, foi reconhecido por um outro ataque na mesma noite de terror. Ele estaria dentro de uma Kombi e teria atirado contra um posto de gasolina na Penha.
Em sua ficha, também já constava uma anotação por tráfico de drogas, em 13 de agosto de 2003, quando foi preso em Campos Elíseos.
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/250094/visualizar/

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