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Agronegócios
Sexta - 05 de Janeiro de 2007 às 01:03
Por: Anelize Moreno

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Na próxima terça-feira, dia 9, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai leiloar 680 mil toneladas (t) de soja da região Sul de Mato Grosso. Todos os contratos são referentes à produção da safra 06/07. Do volume total, metade será ofertada por meio de leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e metade via Prêmio de Risco de Opção Privada de Venda (Prop).

Em todo Estado -- o que inclui as regiões Norte e Médio Norte -- serão leiloadas 2,680 milhões/t da oleaginosa nas duas modalidades de comercialização. O coordenador da Prospecta Corretora de Commodities, Wilson Bezerra, destaca que até ontem nenhum produtor da região Sul havia procurado a empresa -- com sede em Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) -- com a intenção de participar do pregão.

Em contrapartida, a corretora vai participar do leilão com 18 mil toneladas de soja de produtores da porção Norte e 6,5 mil toneladas de agricultores do Médio Norte. Os valores, porém, não estão fechados. “Os agricultores têm até segunda-feira para informar o volume de produção que vão colocar em leilão na terça-feira”, alerta.

Bezerra considera que a baixa adesão no Sul é consequência do valor do prêmio pago ao sojicultor. Enquanto na região Norte e Médio Norte a subvenção é de até R$ 5,46 e R$ 3,96 por saca, respectivamente, os municípios do Sul do Estado têm direito a no máximo R$ 2,52 por saca. Ele também explica que, como o mercado da soja está em alta, o prêmio ao produtor não está sendo positivo.

Ontem, a Bolsa de Chicago estava operando com a soja cotada a US$ 6,71 por bushel (padrão de medida norte-americano equivalente a 27,2154 quilos). Porém, somente valores abaixo de US$ 6,65 por bushel garantem um prêmio de equalização aos produtores do Sul. “Por isso a região tem uma menor participação em relação ao restante do Estado”, avalia.

Com o início da colheita da safra brasileira de grãos, cujo pontapé inicial já foi dado no Médio Norte de Mato Grosso, é possível que a produção nacional exerça pressão sobre o mercado. De acordo com o coordenador da Prospecta, por enquanto o mercado está estável e não há muita expectativa de aumento no valor da oleaginosa.

Contudo, não é possível saber como os preços irão se comportar com o aumento da oferta do grão. Para Bezerra, mesmo com o preço da soja valorizado, participar do leilão é uma segurança para o produtor em caso de uma oscilação negativa do mercado. “O custo é baixo, então muitos agricultores acabam participando”, frisa.

Até o fim de janeiro, quando encerra o cronograma dos leilões de soja da Conab, já que a comercialização da safra acontece a partir de fevereiro, a previsão é de uma corrida dos produtores para participar dos pregões. Os próximos leilões estão marcados para acontecer, respectivamente, nos dias 16, 23 e 30 de janeiro. O volume de soja ofertado nos pregões ainda não foi definido.

FIM DE PRAZO - Os produtores que participaram dos leilões têm até hoje para exercer a opção de venda da produção no mês de janeiro. O valor do prêmio de equalização que será pago aos produtores que comercializarem o grão até o fim deste mês será de R$ 3,04 por saca para a região Norte e de R$ 1,34 por saca para o Médio Norte do Estado. Em função dos preços para a região Sul não haverá subvenção.

O coordenador da Prospecta Corretora de Commodities, explica que o valor do prêmio a ser pago ao produtor é definido com base nos valores de mercado praticados no fim do mês anterior. Isto quer dizer que a subvenção fixada para janeiro foi calculada de acordo com o preço da soja na última semana de dezembro. O produtor que achar o valor do prêmio vantajoso e optar por exercer os contratos tem até o fim do mês para vender a produção.




Fonte: Diário de Cuiabá

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