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Nacional
Quinta - 28 de Dezembro de 2006 às 16:28

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Uma onda de ataques contra ônibus e alvos policiais deflagrada na madrugada desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, deixou ao menos 18 mortos e mais de 20 feridos.

Entre os mortos nove são civis, sete são suspeitos de envolvimento nos ataques e dois, policiais militares, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

O secretário de Segurança, Roberto Precioso, considerou os ataques uma "resposta à mudança no comando da administração penitenciária no Estado", responsabilizando traficantes de drogas pelos crimes.

Os ataques ocorreram em vários pontos da cidade. Em um dos mais graves, um ônibus da Viação Itapemirim, que fazia o trajeto de Cachoeiro de Itapemirim (ES) a São Paulo (SP), foi incendiado quando passava pela Avenida Brasil. Sete corpos carbonizados foram retirados dos destroços do ônibus, segundo peritos no local. Havia 28 passageiros no ônibus, segundo nota da empresa.

Em um ataque ao 31o Batalhão de Polícia Militar, na Barra da Tijuca, área nobre da cidade, um policial e um suspeito foram mortos e outro policial ficou ferido.

Na praia de Botafogo, uma cabine da Polícia Militar foi metralhada, e uma ambulante que estava perto do local morreu, segundo a polícia.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que três homens foram presos, após terem sido apontados por testemunhas como suspeitos de um incêndio criminoso.

"(Eles) estão com as mãos queimadas e não apresentaram justificativas para tais ferimentos", disse a assessoria da PM em nota.

Segundo a PM, com suspeitos presos "foram apreendidas uma granada M-9, uma pistola calibre 40 com três munições intactas e uma motocicleta (...) produto de roubo", disse a PM.

O secretário Roberto Precioso disse que, além dos suspeitos presos, outros sete foram mortos. "O resultado foi trágico. Se não fosse a ação da polícia, poderia ter sido pior", disse. Ele acrescentou que entre os feridos 8 são PMs e 14, civis.

As ações violentas continuaram na manhã desta quinta-feira. Uma cabine da PM e dois ônibus foram incendiados em Bangu, zona oeste do Rio.

O policiamento foi reforçado no entorno de dez favelas da capital fluminense, que se prepara para receber turistas para a famosa festa de revéillon nas areias da praia de Copacabana. O secretário municipal de Turismo, Rubem Medina, disse à Reuters que apesar das ações, acredita que os turistas não vão desistir de passar o ano-novo no Rio.

"É lamentável que isso ocorra, é triste. Os bandidos devem estar querendo justamente isso, criar pânico, ocultar alguma outra ação", disse Medina. Estima-se que 550.000 turistas vão visitar a cidade para a festa, sendo 40 por cento de estrangeiros.





Fonte: Reuters

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