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Nacional
Quarta - 27 de Dezembro de 2006 às 17:46

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As distribuidoras de combustíveis estão aproveitando o apagão aéreo e as viagens de fim de ano para reajustar em 20% o preço do álcool, denunciou hoje a presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), regional de Sorocaba, Ivanilde Vieira. O reajuste do álcool combustível já começou a ser repassado ao consumidor nas bombas.

Ela classificou a medida como "extremamente oportunista". O período favorável às viagens, segundo ela, está sendo usado para elevar o preço do produto que, de acordo com os próprios produtores e distribuidores, possui estoque suficiente para abastecer o mercado. Ivanilde lastima o fato, principalmente porque ele tem se repetido em períodos importantes do cotidiano do brasileiro. Lembra que, no ano passado, faltou álcool justamente na época do carnaval.

Para ela, além das festas de final de ano, também, a crise no setor aeroviário, com grandes atrasos em vôos, estimulou o aumento do preço, já que as viagens terrestres passaram a ser a melhor opção para quem vai passar o reveillon, ou as férias, longe de casa. "O aumento no preço do álcool acontece desde às vésperas do Natal. O repasse no valor do produto, porém, só teve início nesta semana, quando os estoques findaram", disse.

Para Ivanilde, o reajuste no álcool deverá resultar num aumento do preço da gasolina, já que o álcool representa 23% desse combustível. "Pode ser de alguns centavos, mas não deixa de ser um aumento. Isso não é bom para o consumidor e muito menos para os donos de postos."

A presidente do Sincopetro disse que, a cada aumento dado nos produtos, também os postos, que já trabalham com margens apertadas, têm que repassar imediatamente para o consumidor. Ela conta que, em Sorocaba, alguns postos já reajustaram o preço do litro de álcool nas bombas, de R$ 1,19 para R$ 1,39. "Diferente do que possa parecer, isso não é positivo para os donos de postos, pois implica também um aumento no capital de giro. A empresa precisa de mais dinheiro para comprar o mesmo volume de combustível."

Além disso, explica a sindicalista, quando percebe o aumento na bomba, o consumidor reduz a quantidade de litros e há uma retração natural nas vendas.





Fonte: AE

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