Últimos seis anos foram os mais quentes da história, diz ONU
O aquecimento global foi analisado por 2.500 cientistas durante cinco anos. Conclusões: seis dos sete anos mais quentes já registrados aconteceram depois de 2001; o Hemisfério Norte perdeu 5% de neve desde 1966; o nível do mar sobe por conta dos degelos glaciais e aumento da temperatura. Desde 1961, subiu cerca de 0,8 milímetros por ano. Os cientistas acham altamente improvável que a recente mudança climática seja causada pela variabilidade natural do clima.
O relatório, que apresenta conclusões da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aquecimento global, é o quarto que será omitido pelo organismo, e aumenta o grau de precisão sobre a mudança climática e a influência do homem nesse processo. O estudo é confidencial, embora seja revisado pela ONU e por governos. O grupo de estudiosos prepara ainda mais dois informes, um sobre o impacto do aquecimento na Terra e outro sobre a tecnologia que deve ser usada para minimizá-lo.
Dados
Segundo o relatório, 2005 e 1998 foram os anos mais quentes desde que existem registros. "A temperatura do ar em zonas terrestres aumentou o dobro da temperatura no oceano, desde 1979", dizem os cientistas. A temperatura média da superfície vem aumentando desde 1850.
Além disso, a temperatura do oceano em grandes profundidades também aumentou desde 1955. Ainda que a subida do oceano seja pequena, de 0,8 milímetros ao ano, deve-se levar em conta que para elevar a temperatura do mar é preciso uma quantidade imensa de calor. O número de noites muito frias diminuiu 76% e o de noites quentes aumentou cerca de 72%.
A redução da neve no mundo também foi considerada um dos graves problemas causados pelo aquecimento global. O Ártico - região que compreende o oceano Ártico e o Pólo Norte - perdeu, desde a década de 70, aproximadamente 7,4% de sua superfície gelada, no verão.
Causa
A concentração de gases que contribuem para o efeito estufa foi apontada como a principal causa do problema. Dióxido de carbono, metano e óxidos de nitrogênio que derivam da queima de carvão, petróleo e gás e que permanecem durante séculos na atmosfera. A sua concentração atual é a maior em 650 mil anos.
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