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Meio Ambiente
Domingo - 24 de Dezembro de 2006 às 10:05

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Quatro mil hectares de floresta – o equivalente a quatro mil campos de futebol – desmatados ilegalmente deram origem a R$ 11 milhões em multas. Esse foi o principal resultado parcial da primeira fase da Operação Acauã, de combate ao desmatamento no sul do Amazonas, divulgado hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Esse é o quinto ano consecutivo em que o Ibama realiza operações ostensivas no sul do Amazonas – região fronteiriça com Mato Grosso e Rondônia, a mais crítica do estado. Graças às imagens de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 43 mil hectares de desmatamento supostamente realizados em um ano, desde junho de 2005.

"Nesses primeiros 50 dias de operação, já visitamos e vistoriamos 4 mil hectares. Mas a operação segue até novembro, enquanto durar a estação seca", revelou o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira. "Já passamos pelo sudeste do estado [municípios de Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã e Borba. Agora, vamos para o sudoeste [Humaitá, Canutama, Lábrea e Boca do Acre], para a área sob influência da BR-319 [rodovia Manaus - Porto Velho]".

Pereira revelou que a equipe envolvida na operação é pequena: 22 agentes, incluindo servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas e da Polícia Militar, que contam com apenas seis veículos.

"Um dos pontos críticos onde estivemos é a Floresta Nacional de Jatuarana [unidade de conservação federal criada em 2003]", relatou Pereira. Na operação do ano passado, o Ibama já tinha identificado uma estrada clandestina dentro da reserva. Quando os fiscais deixaram a área, os infratores voltaram a trabalhar lá. Hoje já são 40 quilômetros de ramal, em direção o Mato Grosso. "Vou pedir autorização à Justiça para que a Polícia Federal e o Exército implodam esse ramal", adiantou o superintendente.

Acauã é uma ave de rapina da região – uma alusão às imagens de satélite, já que os gaviões enxergam suas presas das alturas e consegeum descer ao local preciso da captura. A operação corresponde a uma das 19 bases do plano do governo federal de combate ao desmatamento na Amazônia.





Fonte: Agência Brasil

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