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Nacional
Sábado - 23 de Dezembro de 2006 às 08:00

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Pela atuação em defesa da vida e do meio ambiente do povo da Amazônia, o bispo do Xingu, dom Erwin Krautler, receberá o prêmio “José Carlos Castro de Direitos Humanos”, conferido anualmente pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará. A entrega acontecerá nesta sexta-feira, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Belém, durante a realização de seminário coordenado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA. Na ocasião, também serão homenageados dez destaques - pessoas físicas e jurídicas que desenvolvem ações na defesa de direitos humanos.

A escolha por Dom Erwin Krautler foi feita por uma comissão julgadora composta por Angela Serra Sales (vice-presidente atual e presidente eleita da OAB), Mary Cohen (presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB), Kleverson Rocha (conselheiro da OAB), Wilton Moreira Filho (conselheiro da OAB), Irmã Júlia (Comitê Dorothy Stang), Roselene Silva (advogada da Comissão Pastoral da Terra e representante da CNBB Norte II) e Felício Pontes Júnior (procurador-chefe da Procuradoria da República no Pará).

Segundo Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB no Pará, o bispo foi escolhido por sua história de vida e dedicação à região do Xingu, que o credenciam como uma das maiores expressões na defesa do povo da Amazônia. Há necessidade, segundo Mary, da Ordem estimular o debate sobre o modelo de desenvolvimento para a região, posto que as decisões são tomadas sem que o povo, efetivamente, seja ouvido. Pondera ainda que o prêmio se tornou uma referência, o que acaba conferindo maior responsabilidade à OAB na luta pela cidadania e direitos humanos.

A OAB-PA instituiu o prêmio “José Carlos Castro de Direitos Humanos” em 2003, numa homenagem ao primeiro presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem - por sua atuação, José Carlos Castro foi notabilizado inclusive no exterior. A premiação é destinada a personalidades que se destacam pela luta em favor das minorias e da região e já foi entregue, em 2004, à missionária norte-americana Dorothy Stang que, dois meses depois foi executada na cidade de Anapu pela sua postura em defesa de um Plano de Desenvolvimento Sustentável para a localidade; e ao padre Edilberto Sena, em 2005, pelo seu trabalho em defesa do meio ambiente, em especial quanto às denúncias de grilagem de terras e violência contra as populações rurais por plantadores de soja no oeste do Pará.

A entrega do prêmio terá a participação de lideranças dos movimentos sociais, tanto da capital quanto do interior do Estado. Na ocasião, será exibido um documentário sobre os 10 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, além da sessão de autógrafo do livro do advogado Walmir Brelaz sobre os sobreviventes do massacre. O premiado de 2005, Padre Edilberto Sena, estará presente e o Comitê Dorothy realizará uma homenagem à missionária brutalmente assassinada em fevereiro de 2005.





Fonte: Diário do Pará

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