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Nacional
Terça - 19 de Dezembro de 2006 às 08:32

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Do G1 - Parentes de mais de 20 vítimas do acidente com o avião da Gol, a maior tragédia aérea do Brasil, tiveram ontem a primeira audiência na Justiça americana. Eles movem ação contra duas empresas dos Estados Unidos. Na primeira audiência, o juiz ouviu as duas partes para decidir se o caso pode ser julgado em território americano.

Os advogados que defendem os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino, e também a ExcelAire, dona do jato Legacy, e a Honey Well, fabricante do transponder, queriam que o caso só começasse a ser analisado em 2009. O juiz discordou e disse que até abril de 2007 já terá a decisão. Os representantes das famílias alegam que todos os envolvidos no acidente têm domicílio nos Estados Unidos.

Os advogados dos dois pilotos e das empresas querem que a ação seja impetrada no Brasil e alegam que todas as evidências de responsabilidade do acidente apontam para o controle do tráfego aéreo brasileiro. Todas as testemunhas e os documentos estão no Brasil, assim como a Embraer. Mas para os advogados de acusação, essa é uma estratégia da defesa para prejudicar as famílias das vítimas.

“É estranho isso. Por que os americanos, uma empresa americana, pilotos americanos, querem ser julgados em outro país, que não o seu. Isso mostra efetivamente que há uma razão somente para isso, que a indenização nos Estados Unidos é um valor bem superior ao que vai ser pago no Brasil”, disse Leonardo Amarante, advogado da família das vítimas.

O Boeing da Gol se chocou com o jato Legacy no dia 29 de setembro. Logo depois, o avião da companhia aérea brasileira caiu em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso. As 154 pessoas que estavam a bordo morreram.

Outras ações

Em novembro, outro escritório de advogados norte-americanos, que representam outras 31 famílias de vítimas do acidente da Gol, entraram com ação na Corte de Chicago, nos Estados Unidos, contra a ExcelAire, a Honeywell e a Boeing.

Em um terceiro processo, os advogados do escritório Slack & Davis, sócio do escritório Freire Advogados & Associados, sediado em São Paulo e em Brasília, representam 12 famílias, mas a forma como a ação será montada ainda está em estudo.





Fonte: G1

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