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Nacional
Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 08:15

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Os acidentes nas estradas custam, anualmente, entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões para o país. A informação foi confirmada pelo secretário de Política Nacional de Transportes, José Augusto Valente. Entre os custos, estão a perda de carga de caminhões, a perda de equipamentos e o custo com mortos e feridos.

“E é nas rodovias estaduais que está o maior problema”, disse Valente. De acordo com ele, só nas estradas de São Paulo, estado com as melhores rodovias do país, esse custo com acidentes chega a R$ 3,3 bilhões por ano, o maior índice do Brasil.

O Ministério dos Transportes realizou na quarta-feira (13), em Brasília, o 1º Seminário sobre Segurança nas Rodovias.

José Valente lembrou que todos os anos morrem dez mil pessoas apenas nas rodovias federais. “É uma verdadeira tragédia anunciada, porque todo ano se sabe que vai dar esse número. Os governos fazem alguma coisa, mas a nossa avaliação é que tudo que a gente fez até agora ainda é insuficiente. O objetivo do seminário é encontrar uma forma eficaz de combate aos acidentes”, disse.

Após o seminário será elaborada uma Política Nacional de Segurança de Trânsito que vai atuar, basicamente, em três áreas: educação, melhorias operacionais e repressão e controle.

Um aspecto importante que fará parte da Política Nacional de Segurança de Trânsito será a formação dos motoristas de caminhão, inclusive com o combate ao alcoolismo e ao excesso de peso nas carrocerias. Valente informou que haverá uma proposta para aquisição de simuladores de trânsito, “para que eles possam garantir a formação permanente de caminhoneiros e de empresas de transporte”.

Valente apontou como maior causa de acidentes com caminhões nas estradas o excesso de peso nas carrocerias e o excesso de tempo de direção. “A cada duas horas dirigidas, é preciso fazer uma pausa de 30 minutos”, explicou. No caso de acidentes, de modo geral, as principais causas são a imprudência, o excesso de tempo no volante e de velocidade.

O presidente do Fórum de Secretários Estaduais de Transportes, Rogério Tizzot, disse que os motoristas não podem ser totalmente responsabilizados pelos acidentes. Segundo ele, o principal problema é a falta manutenção nas estradas.

“Um motorista que dirige numa estrada em ótimas condições tem muito mais capacidade de evitar acidentes - e o motorista que dirige numa rodovia esburacada, com falta de sinalização, já está sob uma tensão adicional. Essa viagem para ele é muito mais pesada, e nós entendemos que isso contribui para o número de acidentes que acontecem”, afirmou.





Fonte: Agência Brasil

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