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Agronegócios
Terça - 12 de Dezembro de 2006 às 09:53

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Se em meados de setembro, quando o plantio da soja teve início em Mato Grosso, o produtor plantava por obrigação, no meio da maratona no campo, a Bolsa de Chicago (CBOT) passou a sinalizar preços melhores. Nos últimos 60 dias, em plena semeadura, a elevação do mercado vem conferindo ganhos de cerca de US$ 2 por saca. Passou de US$ 5,60 por bushel (padrão de medida norte-americano que equivale 27,2154 quilos) para US$ 6,60 por bushel, ambos para vencimento em março/07. E o resultado desta reação é uma redução de área abaixo do projetado, já observa com o término do plantio em Mato Grosso. Ao invés de ocupar 5 milhões de hectares (ha), a safra 06/07 terá 5,3 milhões de hectares semeados, uma redução de 10% e não 15% sobre os 5,89 milhões/ha da safra 05/06.

Em setembro, Mato Grosso estimava queda de 15% na área plantada, mas como surgiu uma luz no fim do túnel, o recuo ficou abaixo do esperado porque o preço foi o melhor adubo desta safra aos sojicultores estaduais. O ganho de preços trouxe ainda outras duas boas notícias à safra estadual: Rondonópolis - a praça com a melhor remuneração para saca, a 210 quilômetros ao Sul de Cuiabá - obteve semana passada o melhor preço para oleaginosa desde abril do ano passado, batendo cifras de R$ 29,60 no mercado físico (disponível), cotação 21% superior ao registrado em igual período do ano passado.

Em 8 de dezembro de 2005, a mesma saca de 60 quilos estava cotada a R$ 24,50. Ganho de R$ 5 para o sojicultor. A outra boa notícia é que com os preços em alta e com sinalização de sustentação, aumentaram os volumes de comercialização da soja, ou seja, incremento das vendas futuras. Do volume estimado para esta safra, de cerca de 15,26 milhões de toneladas (t), 60% estão comercializados. Na safra passada, nesta mesma época, 19% da safra estava vendida antecipadamente. Temos hoje o maior volume dos últimos três anos no Estado. A grande diferença entre a safra passada e a atual, de acordo com os analistas, é o preço e o clima.

Com o término do plantio fica a expectativa de quem fará a primeira colheita da nova safra. Com a preferência por sementes precoces, de ciclo produtivo curto, a colheitadeira entra em ação até o final deste mês. Lucas do Rio Verde é o pole-position da safra brasileira de soja. Neste ano o plantio teve início no dia 16 de setembro. A primeira colheita, que será feita até o final deste mês, deverá acontecer em Lucas ou em Sapezal, municípios que têm investido em tecnologia precoce. A retirada da soja entre dezembro e janeiro permite na seqüência o plantio da safrinha de algodão.





Fonte: Diário de Primavera do Leste Online

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