PM impede saída de ônibus da TUT da garagem. Trabalhadores temem perder o emprego

Ônibus parados na garagem, funcionários na porta e polícias na calçada. Este é o cenário na Avenida Fernando Correa da Costa, em frente a garagem da Empresa de Ônibus TUT Transportes, que perdeu a concessão que tinha da linha entre Várzea Grande e Cuiabá e ameaça demitir 350 funcionários, que temem o calote da direção da empresa.

A confusão é grande na porta da TUT. A Polícia Militar está no local para cumprir uma liminar que proíbe que 43 ônibus da empresa possam circular nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande. Já os motoristas e cobrados, apoiados pelo Sindicato da categoria, estão no local querendo trabalhar, pois temem que a paralisação dos serviços da frota provoque a demissão de 350 trabalhadores.

Por força de uma liminar, a TUT Transportes estava operando desde o último dia 7 com 43 ônibus na linha Cuiabá / Várzea Grande. Mas a pedido da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos, Ager, esta liminar acabou sendo derrubada pela juíza de 2º grau, Marilce Andrade Adário, que tornou sem efeito a medida que garantia o funcionamento. Como os representantes da empresa recusaram-se a receber a notificação oficial da Justiça foi lavrado um termo de recusa e a estratégia é evitar que eles deixem a garagem da empresa. A TUT perdeu a concessão da linha para a União Transportes que está com 82 veículos.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Terrestres de Cuiabá, Ledevino Conceição, encontra-se na porta da garagem da TUT e disse que a categoria vai entrar na Justiça ainda hoje pedindo o arresto de bens para garantir o pagamento de 10% dos salários de novembro que ainda não foram quitados e 13º salário. Ao todo 350 pessoas serão demitidas, mas até agora não houve negociação com os administradores para o pagamento das recisões trabalhistas.

Para que possam ter assegurados os direitos trabalhistas o Sindicato vai entrar com uma Ação Coletiva no Tribunal Regional do Trabalho.