<b>ESPECIAL -Central vai garantir comercialização de hortifrutigranjeiros para 30 mil agricultores</b>

Já está concluída a obra Central de Comercialização da Agricultura Familiar, localizada na Rodovia Mário Andreaza, em Várzea Grande. O empreendimento beneficiará pelos menos 30 mil pequenos agricultores dos 13 Municípios da Baixada Cuiabana e cidades situadas a 200 quilômetros de Cuiabá. Com a garantia imediata da comercialização dos produtos hortifrutigranjeiros, a obra é o pontapé para que em quatro anos Mato Grosso seja auto-suficiente em abastecimento desse tipo de gênero alimentício, apontam estudos do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social (Ibradec) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer).

Com 150 boxes, cada um medindo 2x1,5, a obra custou R$ 1 milhão, sendo R$ 600 mil do Governo Federal e R$ 400 mil do Estado. O objetivo do Governo é incentivar a pequena produção e sua comercialização direta por parte dos agricultores familiares em uma rede diversificada de alimentos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) com a implantação do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar.

Inicialmente, estarão sendo contemplados os Municípios do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Sociambiental do Vale do Rio Cuiabá. Este consórcio é formado por Cuiabá, Várzea Grande, Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste e Santo Antonio de Leverger. Juntos, esses Municípios representam 980.777 habitantes, de acordo com dados de julho de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao estimular a atividade familiar no campo e, simultaneamente, o aumento da produção, o grande desafio é a solução estrutural para uma importante questão social e econômica do Estado. “O Estado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) deverá disponibilizar já em 2007 um local próprio para que os pequenos produtores possam comercializar diretamente hortifrutigranjeiros e outros produtos industrializados. Logo em seguida estará sendo disponibilizado áreas para instalação da Central de Abastecimento (Ceasa), dotando o Estado de uma grande estrutura de comercialização, criando um espaço para dar sustentabilidade à comercialização da produção do agronegócio familiar e empresarial”, informou o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato.

O Centro de Abastecimento será voltado para o atendimento do agricultor familiar, cuja produção agrícola esteve sempre ligada a falta de políticas destinadas à comercialização direta dos seus produtos, muitas vezes prejudicada pelos atravessadores.

Os expositores selecionados passarão por um curso de capacitação com orientações sobre o cultivo, armazenamento, refrigeração e padrão de qualidade dos produtos.