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Nacional
Domingo - 10 de Dezembro de 2006 às 10:25

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A 12 dias da chegada do verão, o Rio de Janeiro ainda não está pronto para receber multidão de cariocas e turistas, que já começam a lotar suas praias. Falta manutenção nos postos de salvamento, os aparelhos cuca-fresca (que despejam gotículas de água) não funcionam e há poucos banheiros.

Acrescente-se a isso montagens de palcos e 22 quiosques em obras na orla de Copacabana, que roubam boa parte do calçadão e só devem começar a funcionar ano que vem.

Quem vive do comércio na areia está preocupado, principalmente em Copacabana, palco de uma da festas de Ano Novo mais famosas do mundo. As obras atrapalham o vaivém de banhistas e de quem curte caminhar na orla. Tapumes, cercas, máquinas, caminhões e tubulações a céu aberto tomam conta de 80% do calçadão em determinados trechos.

Aperto no calçadão "Perto dos quiosques em obra fica um amontoado de gente tentando passar, principalmente quando tem entra-e-sai de caminhão e entulho. Nos horários de pico de caminhada, fica um espaço muito pequeno", reclama o estudante Pedro Serra, 28 anos, morador de Copacabana e freqüentador diário da praia. "Não vai ficar pronto até o Réveillon de jeito nenhum", palpita ele.

Mas Copacabana não é o único calcanhar-de-Aquiles da praia no verão. Os 24 postos de salvamento não são suficientes para a demanda por sanitários do Leme ao Pontal, e a limpeza não é o forte.

Os estudantes Felipe Martins, 16, Diego Rodrigues, 17, Douglas Alves, 15, e Hudson Martins, 16, saem de Nilópolis para a Praia da Barra diariamente desde que entraram de férias. Também reclamam da falta de banheiros. "O posto é muito sujo", dizem em coro.

Em Ipanema são seis banheiros ¿ três masculinos e três femininos ¿ espalhados por dois quilômetros. "Quando tentamos ir, pegamos uma fila enorme", reclama a paulista Flávia Cardoso, 28 anos, que está na cidade de férias.

Ambiente de trabalho dos guarda-vidas, os postos de salvamento precisam de reforma. Muitos dos 24 pontos apresentam infiltrações, vidros quebrados e grades de proteção completamente enferrujadas. "Isso aqui é igual em qualquer posto. A maresia acaba com as grades, que deveriam ser de madeira", constata um bombeiro que não quis se identificar.

Outro salva-vidas alerta para um detalhe que prejudica a agilidade desses profissionais: a inexistência de rampa ou degraus que desemboquem direto na areia. "Se alguém se afoga, temos que descer as escadas e dar a volta pelo calçadão", informa o bombeiro.

Areia não está polúida Preços ¿ O verão ainda nem começou, mas os preços já são de alta estação. Aluguel de cadeiras chega a R$ 4, e de barracas, a R$ 5. Petiscos, como queijo coalho, biscoitos e esfirras, estão entre R$ 2 e R$ 6, e bebidas, entre R$ 1 e R$ 5. Picolé de frutas é R$ 4. Usar banheiro nos postos e quiosques novos sai a R$ 1.

Cuca-fresca ¿ Dos 34 totens espalhados pela orla e Lagoa Rodrigo de Freitas, a maioria não funciona há mais de um ano. Só os borrifadores da Barra da Tijuca foram reformados e podem ser usados.

Areia ¿ Dados da Feema mostram que na orla a areia está em boas condições. São feitas coletas mensalmente em cinco pontos diferentes de cada praia.

Mar ¿ Está impróprio para banho no Flamengo, Botafogo, Urca, Ilha do Governador e Ramos. A Feema coleta mostras de água duas vezes por semana.

Ambulantes e mendigos ¿ Em 2006, foram cadastrados 1.812 em Ipanema, Leblon, Copacabana e Flamengo. Mas há muitos sem licença, lotando calçadão e areia. A previsão é de que três mil sejam registrados até ano que vem.

A população de rua cresceu bastante, inclusive na Barra. Segundo a Feema, isso contribui para a sujeira na areia.





Fonte: O Dia

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