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Politica Brasil
Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 23:59

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PT e governo prometeram "uma festa, não uma farra" na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro. Depois de três horas de reunião hoje entre partidos aliados e movimentos sociais para planejar as comemorações, os organizadores falaram em sobriedade e economia. Mas estão mobilizados pela levar entre 40 mil e 50 mil pessoas às ruas de Brasília. É menos da metade dos cerca de 110 mil admiradores que prestigiaram a primeira posse de Lula, em 2003. O PT vai pedir, ainda, ajuda aos partidos aliados para garantir "quórum" para a festa.

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e o deputado distrital petista Chico Vigilante, integrantes do comitê organizador, confirmaram que beneficiários de programas federais como o Bolsa-Família, o Luz para Todos e o microcrédito serão convidados a participar da posse, mas que os convites ficarão a cargo da Presidência. "Os beneficiados pelos programas do governo serão convidados e virão se quiserem", disse Vigilante. "Isso (o convite aos beneficiários) faz parte do ritual institucional, do governo e da equipe responsável pelo cerimonial. Os partidos não vão se envolver", afirmou Ferreira.

Para animar a festa, os petistas contam com shows de artistas como Geraldo Azevedo, Zezé di Camargo e Wanessa Camargo, em um palco a ser montado na Praça dos Três Poderes - tudo bem menos efusivo do que os quatro palcos montados na Esplanada dos Ministérios em 2003. Em vez de shows, os organizadores falam em "atividade cultural" e garantem que ninguém vai cobrar cachê. "Virão os artistas que se dispuserem a animar a população. Não é um show de calouros, serão pessoas de renome no Brasil", disse Vigilante.

Na próxima segunda-feira, uma "secretaria-executiva da posse" começará a trabalhar no prédio onde funcionou o comitê da campanha pela reeleição e que será a futura sede do PT em Brasília. Segundo Paulo Ferreira, o PMDB "e todos os partidos que se decidiram pela coalizão" serão chamados a integrar a comissão organizadora, somando-se ao PSB, PCdoB e PRB e a entidades como Central Única dos Trabalhadores, (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

"Queremos uma presença compatível com o significado da vitória. Vamos pensar em uma marca, algo como 'estive na segunda posse do presidente Lula'. O conceito da posse é de economia, não vamos fazer uma festa que não tenha limites", afirmou Ferreira. "Não temos nenhum medo de esvaziamento. É uma festa, não uma farra. Será à altura do presidente Lula. O mínimo que a gente tem que fazer é divulgar para a população. Estamos convidando as pessoas que gostam do presidente. Os que não gostam não virão. O dia de a UDR (União Democrática Ruralista) se manifestar é outro", reforçou Vigilante. "Será absolutamente barato, um evento oficial, sóbrio", prometeu o assessor especial da Presidência da República Julio Hector Marin, representante do Planalto na reunião. Segundo Marin, o governo arcará com os gastos e a organização "da estrutura oficial do evento".

As atividades oficiais da posse começam às 15h30, quando o presidente Lula sairá do Palácio da Alvorada e irá para a Catedral Metropolitana de Brasília, de onde sairá em carro aberto - o Rolls Royce oficial _ para o Congresso Nacional. Depois de reempossado, Lula dará posse aos ministros, no Palácio do Planalto, e encerrará as solenidades com um discurso para a população, no parlatório do palácio. Depois do discurso, começarão os shows musicais.





Fonte: AE

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