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Nacional
Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 17:01

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A pane no sistema de computadores do Cindacta, gerada pela falta de investimentos nos governos Lula e FHC, faz decolar uma perigosa crise militar que já apavora o arrogante alto comando petista. Alvo fácil de ataques pelo caos no controle do espaço aéreo, a Aeronáutica já contra-ataca nos bastidores. O desgastado tenente-brigadeiro do ar Luiz Carlos Bueno enviou ao Senado, um documento reservado, em que critica o despreparo de seus superiores hierárquicos do Palácio do Planalto e do Ministro da Defesa, Waldir Pires, na condução da crise que afeta a qualidade e ameaça a segurança do transporte aéreo. O brigadeiro Bueno ressalta que Lula foi advertido em 2003 sobre o problema, e nada fez para resolver o problema de logística aeronáutica.

O ápice da confusão entre Lula e a FAB ocorreu na quarta-feira, a portas fechadas, no Palácio do Planalto. Waldir Pires pediu demissão ao presidente Lula, que mais uma vez hesitou em detoná-lo. Na Força Aérea, o baiano “virou piada”. Pires é chamado de o ministro “balança, mas não cai”. O Alto Comando da FAB perdeu de vez a paciência com Pires, que não convidou comandante da força para uma reunião que trataria de medidas emergenciais para conter a crise. Os militares estão irritados com as versões erradas veiculadas sobre o caos aéreo. Segundo eles, o problema não é dos “controladores” (que foram incitados a se rebelar, ferindo a hierarquia militar, por sindicalistas e pelo próprio ministro da Defesa). A culpa de tudo é dos “computadores”.

Em carta reservada ao Planalto, a FAB já advertiu que podem acontecer acidentes na proximidade do Natal, quando o tráfego aéreo aumenta. São Paulo e no norte do Brasil são as regiões de maior risco. A aeronáutica avalia que precisa de seis meses para recondicionar todos os equipamentos do Cindacta. O sistema dos computadores comete erros gritantes na localização das aeronaves. Os controladores são induzidos a erros, que podem ser fatais, como no caso do choque entre o jatinho Legacy e o avião da Gol. A falta de investimentos no controle do tráfego aéreo custou 154 vidas humanas.





Fonte: Agência Brasil

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