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Nacional
Sexta - 08 de Dezembro de 2006 às 08:29

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A Fiat anunciou a contratação de 1.200 empregados para a fábrica de Betim (MG). A partir do próximo ano, a linha de montagem vai funcionar 24 horas, com a criação de um terceiro turno de trabalho. A montadora, líder de vendas no mercado brasileiro, tem planos de produzir 600 mil carros, 50 mil a mais em relação a este ano. O volume ficará próximo do recorde de 1997, quando a Fiat produziu 619 mil veículos.

Depois daquele ano, a empresa passou a operar em dois turnos. Com as contratações, a produção diária passará de 2.200 para 2.500 unidades, atingindo o limite da capacidade.

A partir daí, a montadora poderá retomar a produção na fábrica de Córdoba, na Argentina, que deixou de produzir automóveis em 2000 e atualmente só faz motores e transmissões.

As primeiras 120 contratações ocorrerão este mês e as demais, nas próximas semanas, segundo informou o presidente da montadora, Cledorvino Belini, em encontro, ontem, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Também participou da reunião o vice-presidente do conselho de administração da Fiat na Itália, John Elkann.

Ao todo, a fábrica vai empregar 10.200 pessoas. Este ano, a Fiat já havia feito outras 500 contratações. A Volkswagen, ao contrário, está encolhendo seu quadro de pessoal e este ano negociou com os sindicatos de metalúrgicos a dispensa de cerca de 1.500 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo e de 160 em Taubaté, ambas no Estado de São Paulo.

Até o fim de 2008, a Volks deve cortar cerca de 6 mil postos, 25% do quadro atual. A General Motors também reduziu vagas em São José dos Campos (SP), mas contratou em Gravataí (RS).

Na indústria automobilística como um todo, o nível de emprego está diminuindo. Em novembro, 537 vagas foram fechadas. O setor empregava, até novembro, 106,7 mil funcionários, número que será ainda menor quando forem computados os cortes da Volks.

Liderança

Até novembro, a Fiat vendeu no mercado interno 417,7 mil veículos, garantindo participação de 24,2% no mercado total, que inclui caminhões e ônibus, segmentos em que a montadora italiana não atua. Entre as três maiores, a Volks vendeu 390,8 mil (22,7% de participação) e a GM, 365,5 mil (21,2%).

Cerca de 20% da produção serão exportados, participação que não caiu, apesar de todas as reclamações da indústria em relação ao câmbio valorizados.

A Fiat vai investir R$ 3 bilhões no Brasil no período de 2006 a 2008. Entre os próximos lançamentos da marca está a nova versão do Palio, com desenho reestilizado. Nos planos para 2008 - que a empresa tenta manter em segredo - está a produção de um carro totalmente novo, provavelmente a versão sedã do Grande Punto, modelo de grande sucesso na Europa.

Outra novidade deve ser a reestilização do Mille, que tem mais de 20 anos, mas resiste no mercado por ser o mais barato no País. Na lista dos mais vendidos está em quarto lugar, atrás de Gol, Palio e Celta.





Fonte: AE

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