Núcleo de Fauna do Ibama/RS registra 1.362 animais vítimas de irregularidades
Após a triagem, cada animal pode ter três destinos possíveis: se estiver ferido, é encaminhado a clínica ou hospital veterinário; se tiver condições, poderá ser solto na sua área de captura; se estiver mutilado, domesticado e/ou tiver procedência desconhecida, o animal é encaminhado à criadouro conservacionista ou zoológico registrado no Ibama. Apenas uma pequena parte dos animais que dão entrada no Ibama retorna à natureza. A maioria precisa ser encaminhada ao cativeiro.
As aves são as vítimas mais comuns dos infratores. Azulões, canários, trinca-ferros, curiós, cardeais, sabiás, papagaios e tucanos, entre muitas outras espécies, são sistematicamente capturados e vendidos à população, que busca uma oportunidade barata de adquirir um animal silvestre, mesmo que ilegal. Outros casos comuns de aquisição e manutenção ilegal de animais silvestres envolvem répteis, como tartarugas, jabutis e iguanas, primatas, como sagüis, macacos-prego e bugios, carnívoros, como gatos-do-mato e quatis, entre muitos outros.
“A população brasileira está cansada de ouvir estatísticas sobre tráfico e comércio ilegal de fauna. A mídia revela isso o tempo todo. Não falta informação, falta a sociedade encarar o fato de que o tráfico é alimentado pelo cidadão comum, que de forma irresponsável, cruel e egoísta condena animais livres à prisão perpétua, apenas para seu deleite. Enquanto os brasileiros não assumirem sua responsabilidade na conservação, continuaremos firmes no caminho da extinção de várias espécies nos próximos anos”, afirma Cibele Indrusiak, Analista Ambiental do Núcleo de Fauna do Ibama no Rio Grande do Sul
Comentários